De um lado, temos mais de 16 milhões de brasileiros desempregados. Um contingente enorme de pessoas sem trabalho e sem esperança espalhado por todo o país, do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Do outro, a constatação que 57% dos trechos das rodovias brasileiras possuem problemas. A maioria das rodovias foi classificada como regular, ruim ou péssima em um mapeamento recente.  Não há nenhuma dúvida de que algo precisa ser feito. Há um grande descaso. A viabilização de investimentos deve ser priorizada com urgência. O Brasil precisa de soluções para viver um novo ciclo de crescimento. A pergunta que se faz aqui é a seguinte: por que não reunir dois problemas – desemprego e precariedade das rodovias - e transformá-los em solução? A ideia é fazer com que essas pessoas desempregadas voltem a pertencer à população economicamente ativa, ajudando a reformar as estradas do nosso país.

Outros estudos mostram que muitas das rodovias federais não são asfaltadas. Esse quadro afeta toda a economia do país. Cargas atrasam e são perdidas. Isso sem falar nas mortes por causa de acidentes. Mais de 60% do transporte de cargas e mais de 90% dos deslocamentos de passageiros do Brasil são feitos por rodovias.

Se nos concentrarmos especificamente na questão do escoamento da produção, os números também são alarmantes. Há pouco mais de um ano, o país bateu recorde na produção de grãos, produzindo mais de 200 milhões de toneladas. Mas, em algumas regiões, essa produção está estagnada. A má qualidade das rodovias impõe perdas de muitos bilhões de reais por ano. A falta de investimentos pode elevar em mais de 30% o custo do transporte da soja, por exemplo. São dados impressionantes! Deixo então o registro, lembrando que reflete a minha opinião.