Centenário do fim da primeira guerra mundial

Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista

Publicado em: 09/11/2018 03:00 Atualizado em: 09/11/2018 16:56

Apesar de terminada há 73 anos, muito se comenta sobre a segunda guerra mundial, principalmente por haver essa beligerância envolvido países aliados como França, Inglaterra, Estados Unidos e Rússia, entre os principais, inclusive o Brasil, e os do chamado eixo, integrado pela Alemanha, Itália e Japão.  O grande líder francês foi o general, político e estadista Charles de Gaulle, à frente das Forças Francesas Livres; o primeiro ministro inglês Winston Churchill; Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos e o primeiro ministro da União Soviética, o russo Joseph Stalin. No que tange ao Brasil, presidia a nação o estadista Getúlio Dornellas Vargas, que, no início da guerra, se posicionou neutro, até quando, após ataques a navios brasileiras, nas costas do Nordeste, resolveu entrar em acordo com o presidente Roosevelt e enviar os pracinhas brasileiros para a Europa, mais precisamente para a Itália. Pelo eixo, o austríaco Adolf Hitler, chanceler alemão, ordenou a invasão à Polônia, originando a segunda grande guerra. Aliaram-se, então, aos  alemães, a Itália, chefiada pelo ditador Benito Mussolini, e o imperador japonês Hiroíto, que conduziu à luta a terra do sol nascente, após ataque à base aeronaval americana de Pearl  Harbor, no Havaí, em 1941.

Por ser um acontecimento ocorrido há cem anos, a primeira guerra mundial ficou ofuscada pelo segundo conflito global, que envolveu a maioria das nações do mundo.

A “guerra das guerras” ou “grande guerra” teve como palco a Europa, iniciando-se em 28 de julho de 1914, perdurando até 11 de novembro de 1918. Motivou essa contenda o homicídio que vitimou o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando. Dois grupos envolveram-se no conflito: os aliados, com base na Tríplice Entente, formado pela França, o Reino Unido e o Império Russo. Do outro lado, a Tríplice Aliança, constituída, pelo império alemão, a Áustria-Hungria e o reino da Itália,  embora esta não tenha  chegado a entrar, inicialmente, na guerra, em virtude da Áustria-Hungria haver desrespeitado acordo firmado entre as nações, o que somente veio a acontecer em 1915, quando as alianças reorganizaram-se, ao ingressarem várias outras nações. Com a participação de algumas dezenas de milhares de combatentes militares, de ambos os lados litigantes, a primeira guerra mundial constituiu-se em um dos mais letais conflitos da humanidade, em face da adesão de vários outros países de ambos os lados. Basta dizer-se que morreram cerca de dez milhões de militares e civis, enquanto, aproximadamente, trinta milhões ficaram feridos. O cessar-fogo só veio mesmo a ocorrer após uma ofensiva alemã, em 1918, na Frente Ocidental, quando os aliados obrigaram o recuo das forças militares germânicas, através de vitoriosas ofensivas, em seus redutos de batalha, ao tempo em que, também, os Estados Unidos penetraram nas trincheiras inimigas, aniquilando os ferrenhos adversários. 

À Alemanha, portanto, só restou mesmo assinar um tratado de paz, em 11 de novembro de 1918, há exato um século, acontecimento conhecido, mundialmente,  como o “Dia do Armistício”. Consequência  de tão sangrenta guerra, quatro grandes impérios deixaram de existir: alemão, russo, austro-húngaro e otomano. Como resultado final desse centenário acontecimento: fortalecimento mundial dos Estados Unidos, nos cenários políticos e militares; surgimento da Liga das Nações, objetivando garantir a paz mundial, e a assinatura do Tratado de Versalhes, que impôs punições à Alemanha. 


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