Revisitar Juscelino Kubitschek

Antonio Barbosa
Escritor

Publicado em: 19/09/2018 03:00 Atualizado em: 19/09/2018 09:25

Nessa estada em Belo Horizonte (07 a 20/09), fervilhando com a próxima eleição de outubro, como acontece em todo o país, não há como não pensar, lembrar e revisitar os lugares em que viveu o presidente Juscelino Kubitschek. Somos tomados por uma sensação como se ele estivesse presente andando conosco pelas ruas de sua Diamantina, cidade histórica como tantas outras do roteiro fantástico desenhado pela Unesco com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade se incluindo na Estrada Real, as cidades de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Diamantina, São João Del Rei, Congonhas e, em todas elas, a história dos acontecimentos sociopolítico-econômico e religioso, destacando-se as sublevações que nos levaram à Independência do Brasil em 7.9.1822.     

Convidado a assistir às celebrações do aniversário de nascimento de Juscelino Kubitschek (12.09.1902), fui ciceroneado pela minha filha e meu genro, Ana Claudia e André, que me apresentaram o presidente da Casa de Juscelino, Serafim Jardim, nomeado pela própria viúva de Juscelino, D. Sarah Kubitschek por ser ele considerado membro da família (o Arcebispo Serafim Gomes Jardim, tio de Serafim bem como o pai José Jardim, foram colegas de Juscelino no Seminário e na Faculdade de Medicina da UFMG, dividindo inclusive o pensionato em BH). Portanto, Serafim Jardim acompanhou Juscelino desde os tempos da juventude em Diamantina para o mundo, tendo inclusive escrito o livro Onde está a Verdade? (Ed.Vozes 1999) em que ele questiona a morte de Juscelino.

Lembra Serafim, hoje aos 83 anos de idade, que adquiriu a casa da rua São Francisco, 241 onde viveu Juscelino em Diamantina, a pedido do próprio presidente, no mesmo ano da sua morte (1976). Desapropriada pela prefeitura, a casa foi restaurada e declarada de utilidade pública pelo governador Tancredo Neves através do Decreto 23.002/83. Formalizava-se com o ato o Museu Casa de Juscelino com um “acervo histórico e documental composto de quadros, jornais, publicações (...), as instalações completas do seu consultório, enfim, objetos de JK, momentos de sua vida quando criança, estudante, médico, prefeito de BH, governador de MG e de presidente da República do Brasil”.

Lembrar Juscelino é lembrar a sua gestão (1956-1960) com o Plano de Metas (50 anos em 5) com os 31 objetivos priorizando energia, transportes, alimentação, educação, indústria de base (automobilística, química, construção naval); criação da Sudene, Furnas, Três Marias, etc.  etc., e Brasília, que dispensa maiores comentários.

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