Nesses tempos de transformação digital
Romero Guimarães
Presidente da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI-PE) e vice-presidente de Tecnologia da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP).
Publicado em: 22/02/2018 03:00 Atualizado em: 22/02/2018 06:39
Estamos vivendo um momento de transformação total da forma como se trabalha e como se vive. E as mudanças estão acontecendo de uma forma muito rápida.
A junção das tecnologias de nuvem (Internet), mobile (smartphones e tablets), redes sociais, Big Data e a internet das coisas faz com que a computação esteja dentro da vida das pessoas e aumenta, de forma exponencial, a geração de conhecimento e a produtividade das pessoas e organizações.
Com a inteligência artificial, as máquinas já compreendem perfeitamente a linguagem humana e o significado das palavras e das frases e podem entender textos e ordens. O que permite que o homem trabalhe realmente em cooperação com as máquinas.
Cabe-nos alertar, aos políticos e dirigentes, da necessidade de prepararmos a nossa sociedade para um novo mundo, onde o próprio conceito de emprego, por exemplo, sofrerá grande transformação.
O trabalho das pessoas não precisará ter mais uma relação formal e exclusiva com uma única empresa. Isto já está acontecendo em algumas profissões, onde diversos profissionais estão trabalhando das suas casas, sem ter nenhum vínculo trabalhista, produzindo e vendendo seus serviços através de plataformas digitais na Internet.
Neste novo mundo, as máquinas poderão fazer a maioria dos trabalhos e não se precisará trabalhar tanto quanto hoje. Por outro lado, não haverá trabalho para todos.
Em compensação, com as novas tecnologias, a produção de alimentos e de água potável já é suficiente para todos os seres humanos. O que falta é a distribuição. As pessoas não precisariam competir entre si para conseguir o seu alimento e o básico para viver com dignidade, desde que houvesse uma nova ordem, onde a competição desse vez à cooperação, à distribuição e à socialização.
Com a cultura de competição atual, a humanidade atingiu o maior grau de concentração de riqueza de toda a sua história. Faz-se necessário, agora, que as pessoas e os países mais ricos compartilhem uma parte de seus bens, de forma que todas as pessoas do mundo possam viver com um mínimo de dignidade, com saúde, alimentação e moradia.
Isto não significa comunismo. Não é igualdade para todos. Mas sim dignidade para todos.
Não adianta ter riqueza e viver em um mundo de caos e insegurança, cheio de miseráveis desesperados tentando sobreviver.
Mas, aqueles que quiserem ter uma vida mais confortável poderão trabalhar mais e produzir renda, desde que tenham algo de valor a oferecer com seu trabalho, seus bens ou seu conhecimento.
Este é o desafio que se apresenta: os governos precisarão pensar políticas de conscientização dos mais abastados e de garantia de um mínimo de conforto para a população mais carente.
Temos que redesenhar o nosso mundo: as nossas políticas e as nossas formas de viver.
A transformação está acontecendo agora e, muito em breve, já estaremos vivendo em um outro mundo. Um mundo completamente diferente desse que estamos. E precisamos nos preparar agora.
A junção das tecnologias de nuvem (Internet), mobile (smartphones e tablets), redes sociais, Big Data e a internet das coisas faz com que a computação esteja dentro da vida das pessoas e aumenta, de forma exponencial, a geração de conhecimento e a produtividade das pessoas e organizações.
Com a inteligência artificial, as máquinas já compreendem perfeitamente a linguagem humana e o significado das palavras e das frases e podem entender textos e ordens. O que permite que o homem trabalhe realmente em cooperação com as máquinas.
Cabe-nos alertar, aos políticos e dirigentes, da necessidade de prepararmos a nossa sociedade para um novo mundo, onde o próprio conceito de emprego, por exemplo, sofrerá grande transformação.
O trabalho das pessoas não precisará ter mais uma relação formal e exclusiva com uma única empresa. Isto já está acontecendo em algumas profissões, onde diversos profissionais estão trabalhando das suas casas, sem ter nenhum vínculo trabalhista, produzindo e vendendo seus serviços através de plataformas digitais na Internet.
Neste novo mundo, as máquinas poderão fazer a maioria dos trabalhos e não se precisará trabalhar tanto quanto hoje. Por outro lado, não haverá trabalho para todos.
Em compensação, com as novas tecnologias, a produção de alimentos e de água potável já é suficiente para todos os seres humanos. O que falta é a distribuição. As pessoas não precisariam competir entre si para conseguir o seu alimento e o básico para viver com dignidade, desde que houvesse uma nova ordem, onde a competição desse vez à cooperação, à distribuição e à socialização.
Com a cultura de competição atual, a humanidade atingiu o maior grau de concentração de riqueza de toda a sua história. Faz-se necessário, agora, que as pessoas e os países mais ricos compartilhem uma parte de seus bens, de forma que todas as pessoas do mundo possam viver com um mínimo de dignidade, com saúde, alimentação e moradia.
Isto não significa comunismo. Não é igualdade para todos. Mas sim dignidade para todos.
Não adianta ter riqueza e viver em um mundo de caos e insegurança, cheio de miseráveis desesperados tentando sobreviver.
Mas, aqueles que quiserem ter uma vida mais confortável poderão trabalhar mais e produzir renda, desde que tenham algo de valor a oferecer com seu trabalho, seus bens ou seu conhecimento.
Este é o desafio que se apresenta: os governos precisarão pensar políticas de conscientização dos mais abastados e de garantia de um mínimo de conforto para a população mais carente.
Temos que redesenhar o nosso mundo: as nossas políticas e as nossas formas de viver.
A transformação está acontecendo agora e, muito em breve, já estaremos vivendo em um outro mundo. Um mundo completamente diferente desse que estamos. E precisamos nos preparar agora.