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Morte em naufrágio: após laudo do IML, Polícia afasta hipótese de homicídio

O laudo do IML confirma que Maria Eduarda morreu por afogamento

Por Mareu Araújo

A advogada Maria Eduarda e a cadela Belinha.

A Polícia Civil de Pernambuco afastou a hipótese de homicídio no inquérito que investiga a morte da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos. Ela morreu após o barco em que estava acompanhada do noivo, o médico Seráfico Júnior, de 55 anos, naufragar na tarde de 21 de junho em Suape, no Grande Recife. A Polícia Civil e a Marinha do Brasil investigam o caso.

Fontes ligadas ao caso, ouvidas sob condição de sigilo, afirmam que o laudo do IML é um “grande indicativo” de que não se trata de uma investigação de homicídio. De acordo com o laudo, a advogada morreu por asfixia direta por afogamento.

Além disso, segundo a Polícia, o corpo de Maria Eduarda não apresentava lesões com características de serem anteriores ao acidente e que pudessem indicar “ação contundente como causadora da morte”.

A Polícia Civil acredita que “possivelmente aconteceu o que foi narrado por Seráfico para a imprensa”, disse uma fonte.

De acordo com a versão de Seráfico, divulgada por seus advogados, ele e Maria Eduarda nadaram juntos por duas horas até os diques do Porto de Suape, onde foram jogados pelas ondas contra as rochas. O médico acredita que ela possa ter desmaiado e morrido nesse momento.

 

A investigação deve seguir para apurar as circunstâncias que ocasionaram o naufrágio, como as condições do barco e o porquê do casal estar sem colete salva-vidas. Até esta sexta-feira (4), ao menos 10 pessoas haviam prestado depoimento, entre elas Graçadalva Barbosa de Medeiros, mãe de Maria Eduarda. Seráfico deve ser ouvido pela Polícia Civil na próxima semana.