PF cumpre 19 mandados em ação contra fraudes em licitações e lavagem de dinheiro
Entre 2021 e 2024, essas ações fraudulentas geraram receitas de R$ 881,9 milhões para os envolvidos, conforme a PF, que deflagrou, nesta quinta (5), a Operação Firenze
Publicado: 05/06/2025 às 14:42

Operação da Polícia Federal (PF) contra fraudes no INSS. (Divulgação/PF)
Uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações públicas e lavagem de dinheiro em várias cidades foi alvo de uma operação deflagrada, nesta quinta (5), pela Polícia Federal em Pernambuco.
Entre 2021 e 2024, essas ações fraudulentas geraram receitas de R$ 881,9 milhões para os envolvidos no esquema, conforme a PF.
A Operação Firenze foi deflagrada com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao todo, 95 policiais federais e seis auditores da CGU cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, Timbaúba, na Mata Norte, e em São Paulo.
Esquema
Segundo a PF, as investigações começaram em 2023.
Os agentes e delegados investigam denúncias de um esquema de fraudes licitatórias.
Para isso, a organização teria dificultado a competição entre candidatos inscritos nos certames.
Isso começou, ainda conforme a PF, a partir da celebração de um contrato público com um município da Zona da Mata Norte, que não foi divulgado.
Assim, as empresas do grupo criminoso investigado manteriam contratos de terceirização de mão de obra com diversos municípios, além do governo estadual.
A Polícia Federal disse que também foram reunidos elementos que apontam para a prática lavagem de dinheiro.
Entre eles, estão: compra de itens de luxo com dinheiro em espécie, utilização de contas dos chamados “laranjas”, além de saques e depósitos de valores fracionados.
Foram adotadas outras medidas judiciais cautelares, como, a proibição de contato entre os investigados e a atuação concomitante das empresas investigadas em processos licitatórios.
Crimes
Os crimes investigados são de Organização Criminosa (Art. 1º, §1º da Lei nº 12.850/13), Lavagem de Dinheiro (Art. 1º da Lei nº 9.613/98) e de Fraude à Licitação (Art. 337-F e 337-L, do Código Penal).
As s penas máximas, somadas, podem ultrapassar 30 (trinta) anos de reclusão.
Nome
A denominação da operação faz referência à cidade italiana de Firenze, onde foi fundada a marca de itens de luxo favorita de um dos principais investigados.
"Ele costumava adquiri-los com frequência, quitando-os sempre por meio de vultosos pagamentos em espécie", disse a PF.

