Jovem baleado por delegado terá perna amputada, diz advogado
A informação sobre a saúde de Emmanuel Apory, ferido pelo delegado Luiz Alberto Braga, foi divulgada, em redes sociais, pelo advogado dele, Anderson Flexa.

O jovem ambulante baleado por um delegado, em Noronha, vai ter que amputar a perna atingida pelo tiro.
A informação sobre a saúde de Emmanuel Apory foi divulgada, em redes sociais, pelo advogado dele, Anderson Flexa.
O crime e aconteceu durante uma discussão, em uma festa, na ilha, no começo deste mês.
O delegado Luiz Alberto Braga alegou que Emmanuel estaria assediando a sua namorada e foi tomar satisfações.
Em meio a uma discussão, o policial sacou a arma e atirou.
Por causa disso, o delegado foi afastado das funções pela Secretaria de Defesa Social (SDS).
Emmanuel Apory está em tratamento no Hospital da Restauração (HR), para onde foi transferido de UTI aera, que saiu da ilha.
Na rede sociais, o delegado afirmou que a amputação será “Uma consequência brutal e irreversível de um ato de violência sem justificativa”.
“É com imensa dor e um peso no coração que recebemos a notícia da amputação da perna de Emmanuel Apory. Neste momento de luto pela perda física, o sentimento de impotência é real. Eu, como advogado, não posso reverter este quadro, não posso devolver a perna a Emmanuel. A medicina fez o possível, a família e ele lutaram bravamente, mas a extensão da lesão impôs este desfecho trágico”, escreveu.
O advogado disse, que vai se dedicar a lutar “incansavelmente para vencer a impunidade”.
“Para que o responsável por esta tragédia responda por seus atos e para que a dor de Emmanuel não seja silenciada pela falta de responsabilização. A batalha pela recuperação física de Emmanuel sofreu um revés cruel, mas a batalha legal por justiça está mais forte do que nunca”, acrescentou.
Na mesma postagem, Emmanuel Apory gravou um vídeo e agradeceu o apoio dos moradores de Noronha, quer pediram justiça para ele.
O jovem afirmou que é preciso lutar por melhoria de condições no sistema de saúde da ilha.
“Até vidas já se perderam por causa da situação do nosso hospital. Se eu tivesse sido transferido (para o Recife) antes, talvez não tivesse que amputar”, declarou.