GUERRA

Israel diz que ataques intensos contra o Hamas estão no fim e vai focar no Hezbollah

O primeiro-ministro de Israel anunciou que a fase de intensos ataques contra o Hamas está chegando ao fim

Publicado em: 24/06/2024 12:27

 (SHAUL GOLAN / POOL / AFP
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SHAUL GOLAN / POOL / AFP

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que a fase de intensos ataques contra o Hamas está chegando ao fim, mas que a guerra não vai findar até que o grupo perca POR COMPLETO o controle sobre a Faixa de Gaza. “Assim que os intensos combates terminarem em Gaza, Tel Aviv poderá enviar mais forças para frente de batalha com o Hezbollah, no Líbano”, disse.

 

Após as declarações de Netanyahu, o ministro das Comunicações israelita, Shlomo Karhi, garantiu que as ofensivas militares israelitas vão mudar taticamente, mas não estrategicamente. "Os combates intensos em Gaza estão quase no fim. O fato de o primeiro-ministro ter dito que em duas semanas a intensidade vai diminuir não significa que vamos parar os combates, mas as operações vão mudar em termos tácticos, mas não em termos estratégicos", comentou.

 

Escalada de tensões entre Israel e Hezbollah

 

Enquanto isso, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, se reuniu hoje com o conselheiro especial dos EUA, Amos Hochstein, em Washington, para discutir a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah e as implicações das estratégias militares israelitas, com a possibilidade da expansão regional dos conflitos.  Hochstein, mediador norte-americano no Líbano, conversou com Gallant sobre as hostilidades e os potenciais desenvolvimentos futuros. Já Gallant destacou que Israel passou à terceira fase da guerra em Gaza e que terá ramificações significativas em todos os setores. “Israel se prepara para todas as eventualidades, tanto militares como políticas, à medida que a situação continua a evoluir”, pontuou o ministro da Defesa. 

 

Além disso, as ameaças do Hezbollah também contra o Chipre foram consideradas desagradáveis, de acordo com Nikos Christodoulides, presidente cipriota. "A República de Chipre não está de forma alguma envolvida no conflito de guerra", assegurou Christodoulides. O chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, além das ameaças a Tel Aviv, ainda alertou pela primeira vez o Chipre que o seu grupo poderia considerá-lo como tomando parte da guerra se continuar a permitir que o governo israelita use seus aeroportos e bases para exercícios militares.

 

O chanceler grego, George Gerapetritis, também reagiu às ameaças ao Chipre e disse que são inaceitáveis. “A União Europeia se manterá ao lado dos Estados-Membros do bloco contra todas essas ameaças. É absolutamente inaceitável fazer ameaças contra um Estado soberano da UE. Estamos ao lado de Chipre e estaremos todos juntos em todos os tipos de ameaças globais provenientes de organizações terroristas", declarou Gerapetritis.

 

Já a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, anunciou nesta segunda-feira que irá viajar para o Líbano, porque considera que a situação na fronteira com Israel é mais do que preocupante.

 

Por sua vez, o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o Oriente Médio está perto de ver o conflito se expandir para o Líbano. "O risco de esta guerra afetar o sul do Líbano e se alastrar é cada vez maior. Estamos em vésperas de a guerra se expandir", avaliou hoje antes de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE.

 

Borrel também condenou o ataque contra o gabinete da Cruz Vermelha em Gaza, que matou pelo menos 22 pessoas. “A proteção dos civis é uma obrigação ao abrigo das Convenções de Genebra e que todas as partes em conflito têm de cumpri-la. É preciso uma investigação independente para levar os responsáveis à justiça", apelou. 

 

A chanceler da Bélgica, Hadja Lahbib, reiterou que a UE deve usar toda a influência que tiver para forçar as partes envolvidas a cessar as hostilidades.

 

 

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