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Compesa vai lançar projeto que reutiliza água de esgoto na agricultura

A água será tratada na a Estação de Tratamento de Esgoto de Parnamirim e faz parte de uma parceria com a URFPE

Publicado em: 12/06/2024 20:17

 (Foto: Divulgação/Compesa )
Foto: Divulgação/Compesa
 
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou, nesta quarta-feira (12), que lançará um projeto-piloto para o reaproveitamento do material tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Parnamirim, município do Sertão do Estado, distante  270 quilômetros do Recife. 

Segundo a autarquia de saneamento, o objetivo da reutilização é a utilização na agricultura, iniciativa que está sendo tocada em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).  

De acordo com a Compesa, o volume produzido nesta unidade está sendo utilizado na irrigação, na produção de forrageiras (palma, sorgo, gliricídia, moringa) para alimentação de caprinos.
 
“O projeto está sendo desenvolvido em 01 hectare de área de plantação da Fazenda Primavera. A Compesa disponibiliza o esgoto tratado, realiza análises nos efluentes e empenha recursos para pesquisas, enquanto que a prefeitura prospectou os produtores rurais e terreno para pesquisa. A UFRPE realiza pesquisas no solo, nas plantas para investigar as vantagens e segurança do reúso de efluente e utiliza técnicas conservacionistas na agricultura. O projeto conta também com o apoio do Instituto Nacional do Semiárido – INSA, e recursos do Ministério de Desenvolvimento Regional – MDR. Nesse segmento, onde há uma demanda de milhares de litros de água por dia, promover o uso consciente desse recurso dribla a escassez e ainda pode diminuir os custos nas propriedades agrícolas”, destacou a Compesa por meio de nota. 

Segundo a autarquia, o município de Parnamirim foi escolhido devido a sua localização no semiárido e pela produção de caprinos, além de possuir uma unidade de pesquisa da UFRPE. 

A ETE Parnamirim possui uma capacidade de tratamento de 17 litros por segundo, e a unidade de reúso utiliza uma vazão diária de 9.000L/dia, e foram investidos R$ 150 mil na instalação dos sistemas de reúso e irrigação na fazenda.
 
Ainda segundo a Compesa, a justificativa para o reúso de efluente tratado, de acordo com os técnicos da companhia, se baseia na mitigação de mudanças climáticas, por diminuir a retirada da água dos mananciais para agricultura e contribuir para a fixação de carbono e nutrientes nos solos. 

“Outro benefício é o enfrentamento à seca em virtude da baixa disponibilidade hídrica na região semiárida, além do impacto social devido às pesquisas e tecnologias desenvolvidas serem oferecidas aos produtores locais para melhoria nos processos produtivos além da possibilidade de negócios como futura venda de efluentes tratadas pela Compesa”, acrescentou a Compesa em nota. 
 
Atualmente, a Companhia conta com 13 projetos em estudo de reúso do esgoto tratado nas Estações de Tratamento. A água também vem sendo utilizada no paisagismo (cinturão verde), desobstrução de redes e ramais e agora na agricultura no plantio de pastos para alimentação de caprinos. 

Existem outras 17 Estações de Tratamento de Esgoto em Pernambuco com possibilidades de implantação de projeto de reúso.
 
Ainda segundo a Compesa, o objetivo é contribuir com alternativas para redução do consumo de água potável. A empresa, com a experiência exitosa no projeto da ETE Rendeiras, em Caruaru, no Agreste do Estado, em operação desde 2015 e com certificação ISO 14.001, fornece água de reúso para irrigação dos canteiros e lavagem de equipamentos, além de produção de flores ornamentais para empresa da região.
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