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CONFLITO

Ucrânia diz que guerra causou pelo menos 37 mil desaparecidos

Desde o começo da invasão russa, em fevereiro de 2022, morreram milhares de pessoas, mas não existe um número global totalmente confiável

Publicado em: 16/04/2024 16:40 | Atualizado em: 16/04/2024 17:28

Comissário ucraniano para os direitos humanos diz que aproximadamente 37 mil civis e soldados estão desaparecidos (Foto: Sergei SUPINSKY/AFP)
Comissário ucraniano para os direitos humanos diz que aproximadamente 37 mil civis e soldados estão desaparecidos (Foto: Sergei SUPINSKY/AFP)
O Comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Loubinets, comunicou hoje que aproximadamente 37 mil civis e soldados estão desaparecidos desde o início da invasão russa, há dois anos, número incompleto devido à ocupação de cerca de 20% do território.
 
"Quase 37 mil pessoas estão desaparecidas: crianças, civis e soldados. Apesar desta contagem estes números podem ser muito mais elevados, uma vez que o levantamento de informação ainda está  decorrendo", relatou Loubinets.
 
Desde o começo da invasão russa, em fevereiro de 2022, morreram milhares de pessoas, entre civis e soldados, mas não existe um número global totalmente confiável. Além do mais, os procedimentos para identificar os mortos ou desaparecidos podem demorar meses.
 
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky afirmou, no final de fevereiro, que 31 mil soldados tinham sido mortos em dois anos de guerra, numa ocasião em que Kiev fez um balanço oficial das suas perdas militares.
 
Mas, o número completo de vítimas civis também é ignorado, porque não há informações confiáveis nos territórios ocupados pela Rússia desde o começo da invasão, que já destruiu muitas cidades e aldeias. O caso de Mariupol, sitiada em 2022 pelas tropas russas e atualmente ocupada, é emblemático. De acordo com o governo ucraniano, milhares de pessoas morreram ali e ficaram soterradas sob escombros ou em valas comuns.
 
Além disso, segundo Loubinets, cerca de 1.700 ucranianos estão sendo ilegalmente detidos pela Rússia. A Ucrânia calcula ainda que pelo menos 20 mil crianças ucranianas foram deportadas das zonas ocupadas pelas forças russas. Kiev diz que as autoridades do país repatriaram pouco menos de 400 crianças.
 
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de captura contra o presidente russo Vladimir Putin e a Comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova, pelos seus papéis na "deportação" de crianças ucranianas para a Rússia, acusações que o Kremlin rejeita.
Tags: ucrânia | rússia | guerra |

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