MANIFESTAÇÕES

Protestos pró-palestinos tomam conta de universidades dos EUA

Na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, um acampamento foi montado por alunos e o protesto escalou na segunda-feira (22)

Publicado em: 23/04/2024 12:36 | Atualizado em: 23/04/2024 13:02

Pessoas protestam dentro da Universidade de Columbia, ocupada por manifestantes pró-palestina (Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP
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Pessoas protestam dentro da Universidade de Columbia, ocupada por manifestantes pró-palestina (Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP )
Centenas de estudantes de universidades norte-americanas realizam no país protestos pró-palestinos e contra a guerra na Faixa de Gaza. Na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, um acampamento foi montado por alunos e o protesto escalou na segunda-feira, onde os portões do campus foram trancados para qualquer pessoa que não tivesse carteira de estudante, uma vez que eclodiram manifestações dentro e fora dos terrenos do estabelecimento de ensino superior.
 
Mais de 100 manifestantes pró-palestinos em Columbia foram detidos, enquanto outras manifestações semelhantes se espalharam em universidades de todos os Estados Unidos. A direção da instituição também apelou à multidão que se retirasse, no entanto precisou acionar a polícia quando a situação ficou descontrolada, enquanto alguns manifestantes entoavam palavras que foram consideradas "intimidadoras e antissemitas".
 
"Trata-se de uma repressão ultrajante por parte da universidade permitir que a polícia prenda estudantes no nosso próprio campus. O antissemitismo nunca é bom. Não é isso que defendemos e é por isso que há tantos colegas judeus que estão aqui conosco hoje", afirmou Byul Yoon, estudante de Direito da Universidade de Nova Iorque, que também foi afetada pelos incidentes.
 
Mas, os protestos colocaram uma parte dos estudantes uns contra os outros, com alunos pró-palestinos que exigem que suas escolas condenem o ataque de Israel a Gaza e pare de apoiar empresas que vendem armas ao governo israelita. Já alguns estudantes judeus ainda disseram que muitas das críticas a Israel se transformaram em antissemitismo e fizeram com que se sentissem inseguros, lembrando que o Hamas mantém reféns.
 
A direção das Universidades busca traçar o limite entre a liberdade de expressão e a manutenção da segurança de alunos e professores. Em Columbia, as aulas presenciais foram canceladas. Nos próximos dias, um grupo de trabalho formado por reitores, administradores escolares e professores tentará encontrar uma solução para a crise universitária, não sendo ainda possível prever quando que as aulas presenciais serão retomadas.
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