GUERRA

OTAN afirma que Ucrânia pode contar com apoio a longo prazo

O secretário-geral da Aliança disse ainda que um compromisso financeiro multianual para Kiev foi firmado

Publicado em: 03/04/2024 13:56

Planejamento inicial da OTAN é assumir parte da coordenação de uma coalizão liderada pelos EUA, chamada de grupo Ramstein (Foto: AFP)
Planejamento inicial da OTAN é assumir parte da coordenação de uma coalizão liderada pelos EUA, chamada de grupo Ramstein (Foto: AFP)
Os ministros das Relações Exteriores da OTAN, que celebrará o 75º aniversário da fundação da aliança, discutem nesta quarta e na quinta-feira o conflito na Ucrânia e a cooperação no Indo-Pacífico, na primeira reunião ministerial que conta com a participação da Suécia. 
 
Em Bruxelas, o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, assegurou que a Ucrânia pode contar com o apoio da OTAN a longo prazo. “Devemos garantir uma assistência de segurança confiável e previsível para a Ucrânia a longo prazo, de modo que dependamos menos de contribuições voluntárias e mais dos compromissos da OTAN. Menos em ofertas de curto prazo e mais em compromissos plurianuais”, declarou. 
 
Stoltenberg disse ainda que foi firmado um compromisso financeiro multianual para Kiev e proposto a criação de um fundo de ajuda de US$ 100 bilhões à Ucrânia. Além disso, os aliados já começaram a projetar novas estruturas e formas de apoio a Kiev. "Hoje não tomamos nenhuma decisão final sobre o formato que vamos implementar, mas concordamos em dar início ao planejamento. A decisão será tomada na cúpula de julho, em Washington. Mas, precisamos mudar a dinâmica de nosso apoio”, disse.
 
O planejamento inicial da OTAN é assumir parte da coordenação de uma coalizão liderada pelos EUA, chamada de grupo Ramstein, uma medida projetada inclusive para se proteger contra qualquer corte no apoio norte-americano caso Donald Trump ganhe as eleições presidenciais.
 
Stoltenberg também indicou que os membros concordaram em avançar e começar a planejar um maior envolvimento da OTAN na coordenação da assistência de segurança e treino das forças militares de cada país.
 
“É essencial que o Reino Unido e a OTAN obtenham mais armas para apoiar a Ucrânia”, defendeu o chanceler britânico David Cameron, acrescentando que todos os países devem gastar mais 2% do PIB na defesa.
 
Por sua vez, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que a quantidade de sistemas de defesa aérea fornecidos às forças de Kiev pelos seus aliados é insuficiente. Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que Moscou prepara a mobilização de mais 300 mil tropas russas até junho.
 
Enquanto isso, a porta-voz das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, após o novo anúncio de apoio da Aliança à Ucrânia, disse que a OTAN regressou à mentalidade da Guerra Fria nas relações com o Kremlin.  "Hoje, nas relações com a Rússia, o bloco voltou aos cenários da Guerra Fria. Não há lugar para a Aliança Atlântica num mundo multipolar", criticou Zakharova.
 
EUA é contra envio de tropas a Ucrânia
 
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reiterou que o presidente norte-americano Joe Biden é contra o envio das suas tropas para a Ucrânia. "Temos de apoiar a Ucrânia, mas evitar uma guerra com a Rússia. Não haverá um único soldado americano em solo ucraniano”, apontou.
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