GUERRA
Familiares de reféns do Hamas e ativistas invadem parlamento de Israel
Boa parte da sociedade israelense considera que Netanyahu está colocando a sua sobrevivência política à frente do regresso dos prisioneiros
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 03/04/2024 17:16
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Ativistas e familiares de reféns detidos pelo Hamas invadiram a galeria de convidados do parlamento israelense (Foto: Reprodução/Twitter/Palestine Online ) |
Nesta quarta-feira (3), inúmeros ativistas e familiares de reféns detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza invadiram a galeria de convidados do parlamento israelense (Knesset) para protestar e também lançaram tinta amarela contra as janelas. A cor é usada para recordar e representar os cativos.
As imagens foram publicadas pelo parlamento na rede social X, que ainda mostrou alguns membros da oposição política que se levantaram durante o protesto dos familiares e a erguerem os braços em um sinal de apoio.
Esta não é a primeira vez que os familiares dos reféns se deslocam ao parlamento, no entanto a tensão tem escalado, uma vez que o governo de Israelita ainda não chegou a um acordo com o Hamas para libertar os reféns que permanecem em cativeiro após meses de guerra.
Na terça-feira, no terceiro dia consecutivo de contestação, manifestantes tentaram romper as barricadas da polícia para chegar à residência privada do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. A polícia israelita classificou a tentativa destes manifestantes como um "motim". Ao todo, cinco pessoas foram detidas.
A indignação e a insatisfação da população também levaram a manifestações em massa tanto em Tel Aviv como em Jerusalém, onde no domingo, primeiro dia dos protestos, cerca de 100 mil pessoas foi às ruas e montaram um acampamento em frente ao parlamento para exigir a demissão do governo liderado por Netanyahu e eleições antecipadas.
Uma boa parte da sociedade israelense considera que Netanyahu está colocando a sua sobrevivência política à frente do regresso dos prisioneiros, prolongando a operação em Gaza para não ter de enfrentar processos de corrupção pendentes ou novas eleições.
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