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ORIENTE MÉDIO

Exército de Israel afirma que mortos em embaixada iraniana eram terroristas

Em resposta, o Irã lançou um ataque sem precedentes contra o território israelense

Publicado em: 15/04/2024 19:26 | Atualizado em: 15/04/2024 21:00

"São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari (foto: Menahem Kahana / AFP)
"São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari (foto: Menahem Kahana / AFP)

O porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, declarou hoje que as vítimas do ataque contra o Consulado do Irã, na capital da Síria, eram terroristas mobilizados contra Israel, no primeiro comentário oficial de Tel Aviv sobre o atentado que aconteceu há duas semanas. "As pessoas mortas em Damasco eram membros da Força Quds, braço de operações especiais estrangeiras da Guarda Revolucionária. São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse Hagari. 

 

Já o Irã tinha anunciado seu direito de resposta e lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque sem precedentes contra o território israelense com cerca de 300 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, que chamou de ‘Promessa honesta’. A grande maioria foi interceptada, de acordo com o Exército de Israel, que contou com a ajuda de aliados, como os Estados Unidos, Reino Unido e França.

 

Teerã justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, na qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, e seis cidadãos sírios, cuja autoria o governo de Isael não reconheceu.

 

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irã a Israel e apelou para a máxima contenção, de modo a evitar a escalada da violência no Oriente Médio. Israel diz estar atento aos pedidos de contenção que estão sendo feitos pelos aliados e instou a comunidade internacional a pressionar mais Teerã. Mas, Tel Aviv garantiu que haverá reação contra o Irã.

 

Por outro lado, os ministros das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, advertiram que a escalada do conflito e os "atos de provocação" podem resultar em um aumento das tensões no Oriente Médio. 

 

 

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