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PRIVATIZAÇÃO

Entidades criticam teor da MP da privatização da Eletrobras

Publicado em: 23/06/2021 08:18

 (Foto: Eletrobras/Divulgação)
Foto: Eletrobras/Divulgação
Após a aprovação da MP da Eletrobras na Câmara, com vários “jabutis” que teriam o poder de encarecer o custo da energia e aumentar tarifas aos consumidores, o Ministério da Economia voltou a dizer que a capitalização da estatal deverá diminuir o valor da conta de luz. Para entidades ligadas ao setor elétrico, porém, o excesso de intervenções dos parlamentares descaracterizou o texto original da medida.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, defendeu o uso de termelétricas (principal jabuti no texto). “Se essas termelétricas a gás já estivessem rodando, nosso problema hoje seria muito menor. Faz parte da remodelação colocar uma fonte não intermitente e barata”, disse o secretário.

Ele também revelou que o governo tem a intenção de vender a parte remanescente das ações da Eletrobras após o processo de capitalização, mas que isso não será feito de forma imediata. O prazo para a venda da estatal, segundo ele, é fevereiro de 2022.

Para Mário Menel, presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), as emendas feitas por parlamentares mandam um sinal ruim para o mercado e para os investidores, já que dispõem sobre o planejamento energético ao determinar locais de instalação de termelétricas e ao fazer reservas de mercado — algo que é competência da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“Eu lamentei a aprovação. Não pela capitalização — à qual somos favoráveis —, mas essa sinalização, com os jabutis colocados, que eram totalmente dispensáveis”, disse. Ele também revelou preocupação com a obrigatoriedade de sabatinas, pelo Senado Federal, de novos diretores do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Isso é politizar a indicação de diretores da ONS. Não vejo sentido.”
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