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PANDEMIA

China diz que EUA faz ameaças devido à origem do vírus

Publicado em: 21/06/2021 17:10

 (Foto: Reprodução/Pixabay)
Foto: Reprodução/Pixabay
A China reagiu à declaração feita ontem (20) pelo conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em entrevista ao canal Fox News, que afirmou que  o gigante asiático terá que enfrentar o isolamento da comunidade internacional caso não coopere com a investigação sobre a origem do novo coronavírus e não permita aos especialistas internacionais à entrada no país para investigar as circunstâncias do surgimento do SARS-CoV-2. Nesta segunda-feira (21), o porta-voz do Ministério das Relações chinês Zhao Lijian, disse que Pequim qualifica de chantagem e ameaça flagrante a fala dos EUA. "As respectivas declarações do lado americano são chantagem flagrante e ameaças. A China expressa sua forte insatisfação e se opõe firmemente a isso, nós nunca aceitaremos isso", garantiu Lijian. 

De acordo com o comunicado da chancelaria chinesa, desde o início da pandemia a China tem tido um posicionamento aberto e transparente, tem compartilhado sem condições com outros países sua experiência no âmbito da prevenção e controle da epidemia, bem como de diagnóstico e tratamento da doença. Além disso, o porta-voz ainda relembrou que o país asiático recebeu por duas vezes os peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS). "As alegações que a China disse 'não' à investigação para determinação da origem do coronavírus são infundadas e as declarações que a China ficará em isolamento internacional são uma intimidação intencional em um nível ainda maior. A determinação da origem do coronavírus é uma questão científica, a qual deve ser estudada em cooperação por cientistas de todo o mundo e a qual não deve ser politizada arbitrariamente, o que tem o consenso da esmagadora maioria dos países", acrescentou Zhao Lijian.

Também durante a entrevista no último domingo, Sullivan apontou que os EUA não dependem somente da China para a investigação da origem do coronavírus. "O presidente se reserva o direito de determinar através de nossa própria análise, dos esforços de nossa própria comunidade de inteligência que ele dirigiu e através de outro trabalho que faremos com aliados e parceiros, para continuar pressionando em todas as frentes até chegarmos ao fundo da questão de como este vírus veio ao mundo. Esse trabalho diplomático - unir as nações do mundo, impondo pressão política e diplomática sobre a China - é parte central do esforço que estamos empreendendo para, em última instância, colocar a China ante uma escolha difícil: ou eles permitirão, de forma responsável, que os investigadores façam um verdadeiro trabalho de descobrir de onde isto veio, ou enfrentarão o isolamento na comunidade internacional”, garantiu o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.

Em maio deste ano, o presidente dos EUA Joe Biden anunciou que dava 90 dias às agências de inteligência dos EUA para reunir um relatório sobre a origem do coronavírus, que ele inclusive se comprometeu de tornar público. Também depois da cúpula do G7, Biden declarou que não chegou ainda a uma conclusão sobre a origem do coronavírus. 

Já a Organização Mundial da Saúde publicou em março de 2021 uma versão completa do relatório dos especialistas internacionais sobre a visita à cidade de Wuhan a fim de determinar a origem do SARS-CoV-2. O grupo de cientistas da OMS concluiu que era altamente improvável que o vírus tivesse tido origem em um laboratório, sugerindo que teria passado de animais selvagens para humanos.
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