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'Integração é o maior desafio para a navegabilidade do Rio Capibaribe', afirma João Campos (PSB)

Publicado em: 30/10/2020 14:58

 (Foto: Arnaldo Sete/DP)
Foto: Arnaldo Sete/DP
Nesta sexta-feira, o candidato a prefeito do Recife, João Campos (PSB), visitou o Diario de Pernambuco, e falou sobre algumas das suas propostas para a cidade do Recife, caso eleito. Ao ser questionado sobre a sua proposta para o Rio Capibaribe, o debutado federal explicou que em seu plano de governo, o transporte será apenas para turismo, havendo uma divergência com o projeto lançado por Eduardo Campos, enquanto vivo, de tornar o Rio Capibaribe navegável.

“Hoje eu não acredito na navegabilidade como um ponto de transporte de sistema integrado”, disse o candidato, justificando que no passado existiam custos de investimentos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já nos dias atuais, ele afirma que o maior desafio é a integração. “Quando a pesquisa de origem de destino é feita, avaliando o ponto de partida e de chegada das pessoas, é possível analisar um fluxo que não é muito grande fazendo o uso do rio, e como é uma operação cara, teria que aumentar a tarifa de todo sistema”, explicou o candidato, afirmando que mesmo que haja pessoas que não utilizem o rio, terão que pagar a tarifa maior para poder fazer uso do transporte.

Segundo João Campos, o Recife não vive o rio. “Eu sou apaixonado pelo Capibaribe, sobre ter um rio dentro da cidade, mas o Recife usa pouco o rio”, disse o debutado. Segundo ele, é mais viável colocar em prática a criação de transportes com modelos mais simples e que sejam orientados para demandas não integradas, e sim, para o turismo. “Oferecer uma estrutura mais simples por exemplo, em vez de ter barcos de transportes, podemos usar catamarãs menores, algo com cara mais de turismo, sendo uma plataforma mais singela”, explicou o candidato, destacando que o cálculo do tempo de embarque e desembarque é o grande desafio.

Sobre o transporte de modo geral, o candidato do PSB afirma que é necessário colocar em prática a engenharia do tráfego. “Todos os lugares devem ter a melhoria de rotas, de direção e de sentido”, citou. João ressalta sua graduação em engenharia, e com o seu conhecimento, garante não acreditar em obras em pedra e cal que resolvam a situação do trânsito do Recife. Com isso, ele acredita que a qualidade em tempo de deslocamento deve ser mais rápida. “Tem muita rota que pode ser otimizada, valorizando as rotas diretas e exclusivas, sem passar por grandes caminhos”, disse o candidato, contando que em suas visitas aos bairros, escuta muitas reclamações sobre as mudanças das rotas, concluindo que os mais entendedores do assunto, são as próprias pessoas que utilizam os transportes.

Sobre a sinalização, ele afirma que a horizontal é pouco explorada no Brasil, prometendo reajustar esta situação, para João, a sinalização no chão é essencial para a orientação. “Tem que ensinar as pessoas, tem que sinalizar, assim se cria a cultura. A gente também vai fazer um plano grande de expansão de sinalização, fortalecendo sempre o componente digital, evitando falhas humanas”, prometeu o debutado. “Com sinalização ninguém leva multa, pois será orientado, compreendendo a velocidade certa”, concluiu.
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