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Nitrato de Amônia

Libanês que mora no Recife não acredita que explosão tenha sido acidente

Publicado em: 05/08/2020 19:33 | Atualizado em: 05/08/2020 19:49

Abdel Rahim Eli Ali Hoblos com a irmã e a neta dela em visita ao Líbano no ano passado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Abdel Rahim Eli Ali Hoblos com a irmã e a neta dela em visita ao Líbano no ano passado. (Foto: Arquivo Pessoal)
 
O libanês, Abdel Rahim Eli Ali Hoblos, 50 anos, mora no Recife desde 2002, onde constituiu família e tem três filhos pernambucanos. Mas a maior parte da sua família ficou no Líbano: os pais, os nove irmãos e os sobrinhos, além dos tios.

 Foi por meio de um telefonema de um amigo paquistanês que ele ficou sabendo da explosão que matou e feriu seus compatriotas. A primeira reação foi ligar para a família que mora nos arredores de Beirute a cerca 40 quilômetros do local da explosão.

“Graças a Deus estão todos bem. Consegui falar com minha mãe e meu pai, mas há pessoas conhecidas que trabalhavam no porto e morreram na explosão. Tudo ficou destruído. Não sobrou nada, nem os edifícios, os navios, nada escapou. É inacreditável”, revelou o libanês.

Ainda sem acreditar no que as imagens mostraram, Abdel  diz que a explosão não foi acidental. “O nitrato de amônia precisa de terra e fogo para explodir. Alguém levou terra para o armazém. Eles estão procurando saber como aconteceu e só pode ter sido provocado”, suspeita Abdel. 

Ele conta vai todos os anos para o Líbano visitar a família. A última vez foi em outubro. “Eu sempre vou no mês dez e volto em dezembro. Mas este ano por conta da pandemia acredito que vai ficar difícil de viajar”, contou. 
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