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INVESTIGAÇÃO

Grupo de religiosos fardados é acusado de ameaçar pessoas em situação de rua no DF

Publicado em: 05/08/2020 19:17

Parlamentares do DF pediram ao Ministério Público que investigue o grupo (Foto: Reprodução/Facebook)
Parlamentares do DF pediram ao Ministério Público que investigue o grupo (Foto: Reprodução/Facebook)
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) solicitou que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) investigue o grupo religioso intitulado Patrulha da Paz, que estaria ameaçando e constrangendo pessoas em situação de rua.
 
O deputado Distrital Fábio Félix (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, encaminhou ofício ao MPDFT, depois de receber a denúncia de que o grupo estaria agindo com violência, inclusive forçando a internação dessas pessoas em comunidades terapêuticas.

Nas redes sociais, os integrantes divulgam fotos das ações, sempre usando fardas semelhantes às das forças de segurança. "O grupo é liderado por um homem conhecido como Pastor Gilmar, que se autointitula Comandante Geral do 1º Batalhão da Patrulha da Paz", detalha o parlamentar. 

Eles também usam veículos caracterizados como se fossem viaturas, o que, como destaca o distrital, "parece ter o objetivo de confundir a população, especialmente as pessoas mais vulneráveis, usando um poder de coerção próprio do Estado que não é atribuído a uma organização da sociedade civil."

O ofício explica ainda que, embora a informação inicial seja de que o grupo realize ações sociais, como distribuição de alimentos e cultos religiosos, durante a noite, estariam sendo agressivos. 


A SSP-DF informou que foi comunicada oficialmente sobre o assunto e que fará os devidos encaminhamentos junto às forças de segurança. O Correio questionou os demais órgãos acionados e aguarda posicionamento. A reportagem também espera resposta do representante do grupo, Pastor Gilmar. 

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