INJÚRIA
Cinco mulheres são processadas por cortar à força o cabelo de menina negra
Por: AE
Publicado em: 20/11/2019 16:50
Foto: Editoria de Arte/CB/D.A Press |
Conforme a denúncia, em dezembro de 2017, Adriana Alves da Silva, Joseli Alves Ferreira, Josélia Alves da Silva, tias da vítima, Nataly Alves da Silva Moreira, prima da criança, e Mayara dos Santos Niculau, esposa de um primo da menina, colocaram-na em uma cadeira e, sem seu consentimento, cortaram os cabelos de forma desordenada. Durante o corte, as rés puxaram os cabelos com força e fizeram cortes rentes com uma tesoura, produzindo lesões no couro cabeludo.
Para humilhar a garota e rebaixar sua dignidade, as rés chamaram a criança de "macaquinha" e disseram que o cabelo dela era "podre", fazendo referência, de forma pejorativa, à cor da pele e à etnia da criança. Na sequência, Adriana telefonou para a mãe da criança, sua irmã, e afirmou que a menina era uma "neguinha de cabelo podre". Para a promotora, ao proferir ofensas à honra da garota, a mulher atingiu também a dignidade da própria irmã, que também é considerada vítima na ação penal.
Após ser inteirada do acontecido pela própria irmã, a mãe da menina foi ao local e se deparou com a menina chorando, com os cabelos retalhados e dor no couro cabeludo. A mãe registrou queixa na Polícia Civil. A criança passou por exame de corpo de delito. No inquérito, as mulheres admitiram terem cortado o cabelo da menina, mas negaram a violência e os ataques injuriosos. A reportagem não conseguiu contato com o advogado que defende as acusadas.
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