Moraes rejeita pedido de Bolsonaro para anular a delação de Mauro Cid
Os advogados do ex-presidente alegaram "ausência de credibilidade da delação" do ex-ajudante de ordens. Ministro disse que solicitação é "impertinente"
Publicado: 17/06/2025 às 15:38

Os advogados de Bolsonaro pediram a anulação da delação de Cid e afirmaram ao STF que mensagens mostram "ausência de credibilidade da delação" (Reprodução / Alan Santos / PR / Divulgação)
O ministro Alexandre de Moraes negou, nesta terça-feira (17/6), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. Segundo o magistrado, a solicitação é "impertinente" ao atual momento da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado.
Moraes ressaltou que o "atual momento processual é absolutamente inadequado" para o que ele considerou como "requerimentos impertinentes". Na decisão, o relator analisou outros pedidos de diligências apresentados pelos demais réus do núcleo crucial da trama golpista.
Na semana passada, a revista Veja publicou mensagens que teriam sido enviadas por Cid por um perfil da rede social em nome de “GabrielaR702”. No interrogatório do militar ao STF, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, questionou se o réu havia conversado sobre o conteúdo de sua delação com outras pessoas pela internet. Ele negou.
Os advogados do ex-presidente pediram a anulação da delação e afirmaram ao Supremo que as mensagens mostram a "ausência de credibilidade da delação" de Mauro Cid.
Na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para a Meta, dona do Instagram, apresentar dados cadastrais do perfil que teria sido usado por Cid. A plataforma ainda não prestou esclarecimentos à Corte.
Confira as informações no Correio Braziliense.

