LANÇAMENTO

Livro sobre a travessia do Atlântico Sul em 2022 é lançado em Lisboa

intitulado "Crónica da Expedição Lusitânia 1922-2022", o livro trata sobre os 100 anos da primeira travessia aérea do Atlântico Sul

Publicado em: 24/05/2024 21:14 | Atualizado em: 24/05/2024 21:39

Cerimônia de lançamento do livro aconteceu no Museu do Oriente, na capital portuguesa  (foto: Divulgação )
Cerimônia de lançamento do livro aconteceu no Museu do Oriente, na capital portuguesa (foto: Divulgação )

Os 100 anos da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922, pelos portugueses, Almirante Gago Coutinho e Sacadura Cabral, continuam a ser comemorados. No último dia 20, no Museu do Oriente, em Lisboa, foi realizada a cerimônia de lançamento do livro “Crónica da Expedição Lusitânia 1922-2022”, com textos de abertura do professor Dr. João Palmeiro e dos presidentes da Associação David Melgueiro, mestre Luís Vieira e da Associação Nacional de Cruzeiros, engenheiro António Bessa.

 

A viagem de 2022 teve como participantes sete veleiros de bandeira portuguesa, de pequeno porte, que se fez ao mar no dia 3 de Abril desse ano, com a partida lançada pelo Presidente da Republica Portuguesa Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa,  exatamente 100 anos e quatro dias depois da descolagem do rio Tejo, em Lisboa (Portugal) em 30 de março de 1922, em um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e batizado Lusitânia tinha Sacadura Cabral como piloto e Gago Coutinho, navegador. Tal como então a expedição do seculo XXI, usando meios que mos portugueses já conheciam há 500 anos e avanços científicos testados pelos aviadores há 100 anos, foi igualmente batizada de Expedição Lusitânia 2022.

 

Há 100 anos a primeira etapa da viagem foi concluída, no mesmo dia, sem incidentes em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, embora tenha sido notado, por ambos, um excessivo consumo de combustível.

 

No dia 5 de abril de 1922, partiram rumo à Ilha de São Vicente, no Arquipélago de Cabo Verde, cobrindo 850 milhas. Lá se demoraram até 17 de abril para reparos no hidroavião - que fazia água nos flutuadores -, tendo partido das águas do porto da Praia, na Ilha de Santiago, rumo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em águas brasileiras, onde amararam, sem o auxílio do vento, no dia 18. O mar revolto naquele ponto, entretanto, causou danos ao Lusitânia, que perdeu um dos flutuadores. Os aeronautas foram recolhidos por um Cruzador da Marinha Portuguesa, que os conduziu a Fernando de Noronha. Apesar de exaustos pelo voo de 1.700 quilômetros e pelo pouso acidentado, comemoraram o achamento, com precisão, daqueles rochedos em pleno Atlântico Sul, apenas com o recurso do método de navegação astronômica criado por Gago Coutinho. 

 

A Expedição objeto de memória em Livro, agora lançado com o apoio das Câmara Municipal de Lisboa, aportou tal como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Las Palmas (Ilhas Canárias, seguindo se Cabo Verde e depois, seguindo fielmente o percurso dos aviadores de há cem anos chegou a território brasileiro nas Ilhas de Fernando de Noronha (Pernambuco – Brasil).

Nos portos de escala onde foi possível (Las Palmas, Mindelo, Fernando Noronha, Recife, Vitória e Rio de Janeiro) o Comandante da Marinha Mercante Jose Mesquita, coordenador e promotor da expedição fez conferências para sensibilizar as populações, e em especial os jovens, sempre presentes em visitas aos veleiros da frota da Expedição Lusitania, para a necessidade imperiosa de inverter o estado deplorável dos Oceanos e da nossa fresponsabilidade como agentes poluidores para ajudar a refazer a boa saude dos Oceanos.

 

A Expediçao Lusitania 2022 proporcionou também nos portos de acolhimento ao longo da sua rota espetáculos de música portuguesa, caboverdeana e brasileira pelos músicos Silvestre Fonseca, jorge Mendes e Fatima Fonseca; a exposição OCEANO- 

MAR E VIDA com curadoria de Conceição Vieira Coelho reuniu e mostrou obras dos artistas plasticos da Tertulia de Artes da Associaçao David Melgueiro, com relevo para Maria de Lourdes Leite, Luis Vieira Batista,Barbara Marques e Hermnani Cardoso, completou com grande brilho o lado cultural que acompanhou os veleiros da Expedição e ficou a marcar de forma futura a passagem por Mindelo e Rio de janeiro.  

 

A Expedição Lusitânia 2022 recolheu impressionante apoio e interesse, em Portugal e sobretudo no Brasil onde a Marinha daquela país apoiou a viagem da frota ao longo da costa Brasileira.

 

Marcaram presença nos diferentes Portos da Escala no Brasil, o capitão do Porto de Recife, o Capitão do Porto de Vitória, o Comodoro do Caxangá Iate Clube do Recife, da Marina do Pelourinho em Salvador da Baía , do Iate Clube Espírito Santo em Vitória e finalmente do Clube Naval Charitas em Niterói (Baia de Guanabara Rio de Janeiro).

 

Inestimável e interessado foi também o apoio dos comandantes dos Distritos Navais n1, n2 e n3, este último na viagem de regtresso a Lisboa quando a frota aportou em Natl e foi recebida pelo Almirante André.

 

Na apresentação do livro no Museu do Oriente estiveram presentes represntantes da Sociedade Estoril Sol/ESConline, que foi o master patrocinador da expediçao, da Porto Ramos Pinto que para alem do apoio a expediçao recebeu nesta ocasião a garrafa de vinho de torna que acompanhou toda a viagem da Expedição.

 

Para alem da entrega de exemplares do livro agora editado, o Comandante Jose Mesquita distinguiu com a moeda comemorativa da expediçao, cunhada para o efeito pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, a Familia Pitschiller – que autorizou a reediçao do livro “A Viagem Maravilhosa”, o Eng Rui Batista, indispensavel obreiro no estabelecimento de contatos no Brasil, o Almirante Jpse Gamboa da Marinha do Brasil que asseguraou toda a ligaçao oficial, o Mestre pintor Luis Vieira Batista, a voz oficial da Expediçao nas ondas radiofonicas e autor da obra pictorica que fica a ssinalar a expediçao no espolio de arte da Marinha do Brasil, a Dra Caroline Walgrave da Associaçao David Melgueiroque assegurou com eficiencia toda a parte administrativa da Expediçao, e o Capitao Jose Oliveira do veleiro Maiao que desempenhou tambem as funções de pronto socorro ao longo de toda a viagem, ajudando a reparar todas a avariarias técnicas que foram surgindo.

 

A Frota da Expedição foi constituída pelos veleiros ANIXA II, ARNIKA, LA LUNA II, MAIÃO, NIMBUS, SUEK e ZALALA, capitaneados por Jose Mesquita, Jose Isidoro/Luis Isidoro, Rodrigo Pissarra, Jose Oliveira, Moises Martins, Fernando Mendes e João Real e percorreu cerca de 15.000 milhas náuticas durante a Expedição.

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