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Livro sobre a travessia do Atlântico Sul em 2022 é lançado em Lisboa

intitulado "Crónica da Expedição Lusitânia 1922-2022", o livro trata sobre os 100 anos da primeira travessia aérea do Atlântico Sul

Cerimônia de lançamento do livro aconteceu no Museu do Oriente, na capital portuguesa

Os 100 anos da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922, pelos portugueses, Almirante Gago Coutinho e Sacadura Cabral, continuam a ser comemorados. No último dia 20, no Museu do Oriente, em Lisboa, foi realizada a cerimônia de lançamento do livro “Crónica da Expedição Lusitânia 1922-2022”, com textos de abertura do professor Dr. João Palmeiro e dos presidentes da Associação David Melgueiro, mestre Luís Vieira e da Associação Nacional de Cruzeiros, engenheiro António Bessa.

 

A viagem de 2022 teve como participantes sete veleiros de bandeira portuguesa, de pequeno porte, que se fez ao mar no dia 3 de Abril desse ano, com a partida lançada pelo Presidente da Republica Portuguesa Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa,  exatamente 100 anos e quatro dias depois da descolagem do rio Tejo, em Lisboa (Portugal) em 30 de março de 1922, em um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e batizado Lusitânia tinha Sacadura Cabral como piloto e Gago Coutinho, navegador. Tal como então a expedição do seculo XXI, usando meios que mos portugueses já conheciam há 500 anos e avanços científicos testados pelos aviadores há 100 anos, foi igualmente batizada de Expedição Lusitânia 2022.

 

Há 100 anos a primeira etapa da viagem foi concluída, no mesmo dia, sem incidentes em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, embora tenha sido notado, por ambos, um excessivo consumo de combustível.

 

No dia 5 de abril de 1922, partiram rumo à Ilha de São Vicente, no Arquipélago de Cabo Verde, cobrindo 850 milhas. Lá se demoraram até 17 de abril para reparos no hidroavião - que fazia água nos flutuadores -, tendo partido das águas do porto da Praia, na Ilha de Santiago, rumo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em águas brasileiras, onde amararam, sem o auxílio do vento, no dia 18. O mar revolto naquele ponto, entretanto, causou danos ao Lusitânia, que perdeu um dos flutuadores. Os aeronautas foram recolhidos por um Cruzador da Marinha Portuguesa, que os conduziu a Fernando de Noronha. Apesar de exaustos pelo voo de 1.700 quilômetros e pelo pouso acidentado, comemoraram o achamento, com precisão, daqueles rochedos em pleno Atlântico Sul, apenas com o recurso do método de navegação astronômica criado por Gago Coutinho. 

 

A Expedição objeto de memória em Livro, agora lançado com o apoio das Câmara Municipal de Lisboa, aportou tal como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Las Palmas (Ilhas Canárias, seguindo se Cabo Verde e depois, seguindo fielmente o percurso dos aviadores de há cem anos chegou a território brasileiro nas Ilhas de Fernando de Noronha (Pernambuco – Brasil).

Nos portos de escala onde foi possível (Las Palmas, Mindelo, Fernando Noronha, Recife, Vitória e Rio de Janeiro) o Comandante da Marinha Mercante Jose Mesquita, coordenador e promotor da expedição fez conferências para sensibilizar as populações, e em especial os jovens, sempre presentes em visitas aos veleiros da frota da Expedição Lusitania, para a necessidade imperiosa de inverter o estado deplorável dos Oceanos e da nossa fresponsabilidade como agentes poluidores para ajudar a refazer a boa saude dos Oceanos.

 

A Expediçao Lusitania 2022 proporcionou também nos portos de acolhimento ao longo da sua rota espetáculos de música portuguesa, caboverdeana e brasileira pelos músicos Silvestre Fonseca, jorge Mendes e Fatima Fonseca; a exposição OCEANO- 

MAR E VIDA com curadoria de Conceição Vieira Coelho reuniu e mostrou obras dos artistas plasticos da Tertulia de Artes da Associaçao David Melgueiro, com relevo para Maria de Lourdes Leite, Luis Vieira Batista,Barbara Marques e Hermnani Cardoso, completou com grande brilho o lado cultural que acompanhou os veleiros da Expedição e ficou a marcar de forma futura a passagem por Mindelo e Rio de janeiro.  

 

A Expedição Lusitânia 2022 recolheu impressionante apoio e interesse, em Portugal e sobretudo no Brasil onde a Marinha daquela país apoiou a viagem da frota ao longo da costa Brasileira.

 

Marcaram presença nos diferentes Portos da Escala no Brasil, o capitão do Porto de Recife, o Capitão do Porto de Vitória, o Comodoro do Caxangá Iate Clube do Recife, da Marina do Pelourinho em Salvador da Baía , do Iate Clube Espírito Santo em Vitória e finalmente do Clube Naval Charitas em Niterói (Baia de Guanabara Rio de Janeiro).

 

Inestimável e interessado foi também o apoio dos comandantes dos Distritos Navais n1, n2 e n3, este último na viagem de regtresso a Lisboa quando a frota aportou em Natl e foi recebida pelo Almirante André.

 

Na apresentação do livro no Museu do Oriente estiveram presentes represntantes da Sociedade Estoril Sol/ESConline, que foi o master patrocinador da expediçao, da Porto Ramos Pinto que para alem do apoio a expediçao recebeu nesta ocasião a garrafa de vinho de torna que acompanhou toda a viagem da Expedição.

 

Para alem da entrega de exemplares do livro agora editado, o Comandante Jose Mesquita distinguiu com a moeda comemorativa da expediçao, cunhada para o efeito pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, a Familia Pitschiller – que autorizou a reediçao do livro “A Viagem Maravilhosa”, o Eng Rui Batista, indispensavel obreiro no estabelecimento de contatos no Brasil, o Almirante Jpse Gamboa da Marinha do Brasil que asseguraou toda a ligaçao oficial, o Mestre pintor Luis Vieira Batista, a voz oficial da Expediçao nas ondas radiofonicas e autor da obra pictorica que fica a ssinalar a expediçao no espolio de arte da Marinha do Brasil, a Dra Caroline Walgrave da Associaçao David Melgueiroque assegurou com eficiencia toda a parte administrativa da Expediçao, e o Capitao Jose Oliveira do veleiro Maiao que desempenhou tambem as funções de pronto socorro ao longo de toda a viagem, ajudando a reparar todas a avariarias técnicas que foram surgindo.

 

A Frota da Expedição foi constituída pelos veleiros ANIXA II, ARNIKA, LA LUNA II, MAIÃO, NIMBUS, SUEK e ZALALA, capitaneados por Jose Mesquita, Jose Isidoro/Luis Isidoro, Rodrigo Pissarra, Jose Oliveira, Moises Martins, Fernando Mendes e João Real e percorreu cerca de 15.000 milhas náuticas durante a Expedição.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco