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CULTURA POPULAR
Pastoril Profano promove debates e apresentações na 2ª Roda de Conversa
Multiartista Carlos Amorim comanda Encontro que discute a descentralização dos festejos natalinos no Recife
Publicado: 11/12/2023 às 13:30

/Crédito: Renata Mascarenhas/Divulgação
As curiosidades, além das lutas e conquistas dos que fazem o Pastoril de Ponta de Rua, farão parte da IIª Roda de Conversa de Velhos e Velhas de Pastoril e Folguedos Natalinos de Pernambuco, comandada pelo multiartista e velho de pastoril, Carlos Amorim, que acontecerá na tarde desta terça-feira (12), das 14h às 17h, no Hotel Central, à Av. Manoel Borba, 209, Bairro da Boa Vista, no Recife. Esse Encontro conta com o Sistema de Incentivo à Cultura do Recife e tem entrada franca.
Iniciativa do Coletivo dos Velhos e Velhas de Pastoril de Pernambuco, o Encontro tem por finalidade debater uma maior amplitude e descentralização das comemorações do período que vai do Natal até o Dia de Reis no Recife e no Estado, incluindo também os bairros das periferias. Assim, foi feita a primeira Roda de Conversa em 2019, no Espaço Pasárgada, com apoio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife e da Fundarpe, trazendo já alguns avanços em 2020, quando, mesmo com a Pandemia da Covid-19, surgiram os primeiros editais para concorrência dos festejos daquele ano, diminuindo a concentração de comemorações apenas no Recife Antigo e bairros das classes privilegiadas.
Para esta IIª Roda de Conversa, participarão o dramaturgo, ator e pesquisador de cultura popular, Albemar Araújo; multiartista e véio de pastoril, Walmir Chagas (Mangaba); brincante de boi, Mestre Aelson da Hora; bailarino, coreógrafo e gestor de Cultura da Prefeitura da Cidade do Recife, Mika Silva, e performances apresentadas por Véi Lumbrigueta; Velho Cafuné; Veia Buchecha; Velho Maroto; Velho Tabica e Véi do Mangaio, nos intervalos entre as conversas e debates, animando e tornando o Encontro uma prévia dos espetáculos natalinos que acontecerão nesse ano.
Nascido no Recife entre o final do final do século XIX e início do XX, como um contraponto ao Pastoril Religioso, alterando forma e enredo, o Pastoril Profano é caracterizado pela irreverência, pelo improviso e pela alegria de seus personagens: as pastoras, o velho e em alguns casos a borboleta e a cigana. Pastoras com roupas sensuais, grandes decotes, colares, pulseiras, flores, fitas, pandeiros e maracás mantêm as cores tradicionais do azul e encarnado. Com rosto pintado, nariz de palhaço e roupa espalhafatosa, o Velho, ao brincar com as pastoras, canta músicas de duplo sentido e conta muitas piadas. Muitas vezes se apresenta com uma cobra artesanal e carrega uma maleta com objetos que servem para animar o espetáculo.