CULTURA

Doutor honoris causa, Gilberto Gil diz ver democracia fortalecida no Brasil

O cantor e compositor baiano recebe honraria da Universidade Nova de Lisboa e, em discurso, diz ver com satisfação a restauração da ordem democrática no Brasil, mas sofre com os horrores do mundo atual, marcado por guerras

Publicado em: 31/10/2023 18:33



O cantor e compositor Gilberto Gil, 81 anos, recebeu, nesta terça-feira, o título de doutor honoris causa concedido pela Universidade Nova de Lisboa (foto: Felipe Eduardo Varela/Especial para o Correio)
O cantor e compositor Gilberto Gil, 81 anos, recebeu, nesta terça-feira, o título de doutor honoris causa concedido pela Universidade Nova de Lisboa (foto: Felipe Eduardo Varela/Especial para o Correio)

O cantor e compositor Gilberto Gil, 81 anos, recebeu, nesta terça-feira (31/10), o título de doutor honoris causa, concedido pela Universidade Nova de Lisboa. Num discurso, curto, mas enfático, o brasileiro ressaltou toda a preocupação com “os horrores do mundo atual”, com suas guerras, que, infelizmente, ele tem de levar para o seu canto. Para o artista, a boa notícia, felizmente, é que o Brasil conseguiu superar os retrocessos do governo de Jair Bolsonaro e está reconstruindo a ordem democrática.

 

“Vejo o Brasil melhor, retomando o caminho dos diálogos amplos, variados, entre o povo e as instituições. Vejo o fortalecimento das instituições republicanas e democráticas, que sofreram leves ameaças no governo anterior”, afirmou. No entender do cantor, é salutar que a cultura esteja retomando o seu papel de destaque dentro do governo, por meio da reconstrução do Ministério da Cultura, que ele comandou entre 2003 e 2008. Ele disse acreditar que a pasta está nas mãos certas, pois a ministra Margareth Menezes tem um longo histórico de atuação na área.

 

Gil ressaltou que Margareth é uma ativista cultural muito profícua não apenas na música, mas também em questões sociais. “Ela é muito afeita aos conceitos da vida cultural, sabe da importância do papel do Estado, tem noções muito nítidas e claras da vida no Brasil e aprendeu a utilizar as articulações em prol dos povos mais humildes”, destacou. Ele assinalou, ainda, que vê, na maioria das vezes, a cultura andando sozinha, resultado das interações das várias linguagens que unem as populações. Mas crê que os governos têm papel importante na questão do fomento, sobretudo, para garantir o acesso dos mais desfavorecidos a todas as formas de arte.

 

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