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Marina Sena encerra 18ª edição do No Ar Coquetel Molotov: "Todo mundo precisando voltar para si"
Publicado: 15/11/2021 às 02:37

/Foto: Tiago Calazans
A cantora mineira Marina Sena encerrou a noite da 18ª edição do festival musical No Ar Coquetel Molotov, neste domingo (14), no Teatro Guararapes do Centro de Convenções, no Recife. A artista, que lançou seu primeiro disco solo “De Primeira” em agosto deste ano, animou o público num coro com as músicas “Voltei pra mim”, “Me toca”, e “Por supuesto”. Esta última viralizou nas redes sociais e ficou entre as canções mais tocadas nas plataformas de streaming. Um dos grandes momentos da noite foi a interpretação da música “Santo”. A décima faixa do álbum foi abrilhantada, no palco, para além dos acordes profundos, com luzes avermelhadas e o coro de um público em êxtase.
Com apenas 24 anos, a artista dominou todo o palco e levou a plateia ao delírio com sua voz, carisma e performance ímpar. Sobre a segurança na apresentação, a artista afirma que sempre foi natural para ela. “Quando eu era criança, com uns três, quatro e cinco anos, eu já cantava nos palcos. Tenho uma foto minha criancinha, dançando ballet inteira para a plateia. Um palcão e eu lá de bailarina. Nunca tive muita vergonha, por isso a desenvoltura vem”, disse Sena, ao Diario.
Marina abriu o show com a música “Seu Olhar”, que é a faixa nove do álbum, e traz em seus versos “Eu bem sei // Quando você dizia pra eu cantar // Cê me queria sendo mais feliz”. A decisão da abertura pareceu acertada, e serviu de termômetro para aquecer o público numa apresentação de aproximadamente 60 minutos.
Na plateia, a gastrônoma Isabelle Correia, 25 anos, fã da cantora, contou da sua relação com as composições interpretadas por Sena. “Foi muito impactante. Não parei de ouvir. Acho que desde que a conheci, não houve um dia sequer que eu não tenha escutado uma música de Marina. As letras dela falam de libertação. É muito profundo. A música ‘Voltei pra mim’ conta sobre isso”.
Marina explicou, em coletiva no fim do espetáculo, que a composição surgiu com suas experiências em relacionamentos amorosos. “Foi por causa de muito boy lixo”, brinca a artista. “Eu acho que a gente que é mulher tem uma tendência a se doar mais do que receber numa relação. Então, o tempo todo a gente tem que ficar nessa busca de voltar para si, pra parar de doar tanto”. Questionada se a identificação da música também poderia refletir no público masculino a artista respondeu: “É, não é só as mulheres não. É todo mundo precisando voltar para si”, corrigiu a cantora aos risos.
No espetáculo do Recife, a cantora trouxe as canções que trabalhou e finalizou ao longo dos últimos anos, as primeiras desde a dissolução do grupo Rosa Neon. As músicas seguem com a temática do amor. “As relações em geral te prendem num molde, num contexto. E é importante você pensar se é aquilo que você quer mesmo, se é aquela caixinha é a que te cabe. É super importante”, reflete Marina, sobre o álbum.

A cantora iniciou a carreira em 2015, quando integrou o grupo A Outra Banda da Lua, em Montes Claros, município ao norte de Minas Gerais. Segunda ela mesma, desde nova alimentava o desejo de ter um projeto solo. Depois que seu trabalho ganhou projeção nacional com sua participação na banda Rosa Neon, a mineira natural de Taiobeiras, viu a oportunidade de realizar seu desejo. A cantora também cantou a música Ombrim, na ocasião, interpretada por Marina na banda Rosa Neon - canção que recentemente ganhou uma nova versão interpretada por Duda Beat em parceria com a colombiana Li Saumet.
Com as cadeiras marcadas para distanciamento, devido a Covid-19, e o uso obrigatório de máscara, os participantes do festival entoaram junto à artista músicas como “Cabelo”, “Pelejei”, “Santo” e “Por Supuesto” e outras faixas.
“Um amigo meu me mostrou a música Por Supuesto, e na hora eu me apaixonei. Ela viralizou, mas até então eu não conhecia. Eu achei muito interessante o visual dela e a maneira como ela canta, a voz. Mas a primeira coisa que me encantou foi o estilo dela nos vídeos. Me chamou muito atenção”, disse o universitário Michael Anjos, de 25 anos, durante o festival.
A música viral
Com apenas 24 anos, a artista dominou todo o palco e levou a plateia ao delírio com sua voz, carisma e performance ímpar. Sobre a segurança na apresentação, a artista afirma que sempre foi natural para ela. “Quando eu era criança, com uns três, quatro e cinco anos, eu já cantava nos palcos. Tenho uma foto minha criancinha, dançando ballet inteira para a plateia. Um palcão e eu lá de bailarina. Nunca tive muita vergonha, por isso a desenvoltura vem”, disse Sena, ao Diario.
Marina abriu o show com a música “Seu Olhar”, que é a faixa nove do álbum, e traz em seus versos “Eu bem sei // Quando você dizia pra eu cantar // Cê me queria sendo mais feliz”. A decisão da abertura pareceu acertada, e serviu de termômetro para aquecer o público numa apresentação de aproximadamente 60 minutos.
Na plateia, a gastrônoma Isabelle Correia, 25 anos, fã da cantora, contou da sua relação com as composições interpretadas por Sena. “Foi muito impactante. Não parei de ouvir. Acho que desde que a conheci, não houve um dia sequer que eu não tenha escutado uma música de Marina. As letras dela falam de libertação. É muito profundo. A música ‘Voltei pra mim’ conta sobre isso”.
Marina explicou, em coletiva no fim do espetáculo, que a composição surgiu com suas experiências em relacionamentos amorosos. “Foi por causa de muito boy lixo”, brinca a artista. “Eu acho que a gente que é mulher tem uma tendência a se doar mais do que receber numa relação. Então, o tempo todo a gente tem que ficar nessa busca de voltar para si, pra parar de doar tanto”. Questionada se a identificação da música também poderia refletir no público masculino a artista respondeu: “É, não é só as mulheres não. É todo mundo precisando voltar para si”, corrigiu a cantora aos risos.
No espetáculo do Recife, a cantora trouxe as canções que trabalhou e finalizou ao longo dos últimos anos, as primeiras desde a dissolução do grupo Rosa Neon. As músicas seguem com a temática do amor. “As relações em geral te prendem num molde, num contexto. E é importante você pensar se é aquilo que você quer mesmo, se é aquela caixinha é a que te cabe. É super importante”, reflete Marina, sobre o álbum.

A cantora iniciou a carreira em 2015, quando integrou o grupo A Outra Banda da Lua, em Montes Claros, município ao norte de Minas Gerais. Segunda ela mesma, desde nova alimentava o desejo de ter um projeto solo. Depois que seu trabalho ganhou projeção nacional com sua participação na banda Rosa Neon, a mineira natural de Taiobeiras, viu a oportunidade de realizar seu desejo. A cantora também cantou a música Ombrim, na ocasião, interpretada por Marina na banda Rosa Neon - canção que recentemente ganhou uma nova versão interpretada por Duda Beat em parceria com a colombiana Li Saumet.
Com as cadeiras marcadas para distanciamento, devido a Covid-19, e o uso obrigatório de máscara, os participantes do festival entoaram junto à artista músicas como “Cabelo”, “Pelejei”, “Santo” e “Por Supuesto” e outras faixas.
“Um amigo meu me mostrou a música Por Supuesto, e na hora eu me apaixonei. Ela viralizou, mas até então eu não conhecia. Eu achei muito interessante o visual dela e a maneira como ela canta, a voz. Mas a primeira coisa que me encantou foi o estilo dela nos vídeos. Me chamou muito atenção”, disse o universitário Michael Anjos, de 25 anos, durante o festival.
A música viral
“Só falta pelo menos um passo torto em cena, não vou dormir, já vi, tô nessa // Eu já deitei no seu sorriso, só você não sabe, te chamei pro risco então fica à vontade", são versos da música viral “Por supuesto”, com mais de 206 mil vídeos no TikTok e mais de 74 mil no Instagram, até este domingo (14).
A faixa também se destacou no Spotify, uma das mais importantes plataformas, ao entrar na parada Viral 50 Global, um ranking diário das faixas que viralizaram no aplicativo. No domingo, "Por Supuesto" estava na 18ª posição.
Diferente de muitos sucessos nas plataformas, o viral de Marina não tem uma coreografia definida onde os usuários possam compartilhar seus vídeos, como é comum ocorrer. Em vez disso, há vídeos aleatórios de pessoas se maquiando, dublando, dançando ou performando alguma cena. A artista também estampou o painel na Times Square, nos Estados Unidos, através do programa Radar Spotify, projeto global que apoia artistas com carreira em ascensão.
“Para mim é uma honra representar o sentimento de tantas mulheres, de tantas pessoas. Isso para mim é muito gratidão, poder representar outras pessoas com a sua voz e com a sua pessoa é emocionante. Eu não esperava que fosse tanto assim. Esperava que fosse fazer música e que o pessoal iria gostar, agora que teria essa representatividade e tantas mulheres que gostam de se apaixonar. Eu penso que a maioria das mulheres que se identificam comigo são mulheres que têm liberdade sexual muito forte”, finalizou Marina, após o fim do espetáculo, em coletiva, no Recife.
A faixa também se destacou no Spotify, uma das mais importantes plataformas, ao entrar na parada Viral 50 Global, um ranking diário das faixas que viralizaram no aplicativo. No domingo, "Por Supuesto" estava na 18ª posição.
Diferente de muitos sucessos nas plataformas, o viral de Marina não tem uma coreografia definida onde os usuários possam compartilhar seus vídeos, como é comum ocorrer. Em vez disso, há vídeos aleatórios de pessoas se maquiando, dublando, dançando ou performando alguma cena. A artista também estampou o painel na Times Square, nos Estados Unidos, através do programa Radar Spotify, projeto global que apoia artistas com carreira em ascensão.
“Para mim é uma honra representar o sentimento de tantas mulheres, de tantas pessoas. Isso para mim é muito gratidão, poder representar outras pessoas com a sua voz e com a sua pessoa é emocionante. Eu não esperava que fosse tanto assim. Esperava que fosse fazer música e que o pessoal iria gostar, agora que teria essa representatividade e tantas mulheres que gostam de se apaixonar. Eu penso que a maioria das mulheres que se identificam comigo são mulheres que têm liberdade sexual muito forte”, finalizou Marina, após o fim do espetáculo, em coletiva, no Recife.
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