polêmica
MPF recomenda a retomada imediata do espetáculo cancelado pela Caixa Cultural
Por: Viver/Diario
Publicado em: 18/09/2019 16:05 | Atualizado em: 18/09/2019 17:49
A peça foi cancelada inesperadamente pela espaço após a sessão de estreia, realizada no dia 7 de setembro, impedindo que o grupo pudesse realizar a segunda apresentação. A situação foi repercutida nas redes sociais e encarada como censura por parte da população, direção do espetáculo e classe artística.
De acordo com a recomendação, assinada pelas procuradoras da República Carolina de Gusmão Furtado e Ana Fabíola Ferreira, a Caixa tem cinco dias, a contar desta quarta (18), para informar ao MPF se acatará ou não medida e que providências serão adotadas para a retomada do espetáculo, previsto no contrato original para ter oito apresentações.
Segundo o documento, Constituição Federal assegura a livre manifestação do pensamento e proíbe qualquer espécie de censura. Caso a recomendação não seja seguida, o MPF adotará as providências administrativas e judiciais cabíveis. Ainda conforme a recomendação, a peça teatral deve ser exibida por período igual ao previsto no contrato original.
Caso o grupo Clowns de Shakespeare não tenha interesse, a Caixa deverá promover a apresentação de outro espetáculo relacionado ao tema liberdade de expressão e manifestação artística, com número de sessões igual àquelas de Abrazo que foram canceladas.
Livremente inspirado em O livro dos abraços, do uruguaio Eduardo Galeano, com roteiro dramatúrgico de César Ferrario e direção de Marco França, a obra convida os espectadores à jornada de um menino que vive em um país onde não é permitido que as pessoas se abraçarem ou demonstrarem qualquer afeto uns com os outros.
Em nota, a Caixa confirmou o recebimento da notificaçã do MPF:
"A CAIXA informa que foi notificada em relação à recomendação do MPF e que responderá dentro do prazo legal àquele órgão.
Assessoria de Imprensa da CAIXA".
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