Música
Coluna Bons Sons: álbum Amoroso (1977) é João Gilberto em seu auge
Por: Gabriel Trigueiro
Publicado em: 13/07/2019 08:00
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Neste sábado faz uma semana que João Gilberto partiu, aos 88 anos. Embora triste, o apagar das luzes da vida brilhante do gênio da bossa também pode ser uma faísca para que mais gente conheça ou revisite sua obra. A discografia tem muitos pontos fortes - incluindo Chega de saudade (1959) e Getz/Gilberto (1964) -, mas minha dica particular é o estupendo álbum Amoroso, de 1977, que foi relançado em vinil 180g no ano passado e também está nas plataformas de streaming.
Gravado nos Estados Unidos, ao fim de uma longa temporada do cantor naquele país, o disco traz João Gilberto já na faixa dos 45 anos, no auge de sua competência e contando com todos os recursos técnicos que seu talento pedia. Esqueça a discussão sobre estilos. Se você realmente gosta de música, terá 44 minutos e 41 segundos para se deleitar com um repertório sofisticado e eclético que abre com ‘S Wonderful (dos irmãos Gershwin), na qual João encanta em seu inglês “abaianado”; passa pela italiana Estate; o samba Tin tin por tin tin e versões matadoras de Wave e Triste.
Apesar de a música de João ser cool por essência, Amoroso deve ser tocado em volume razoavelmente alto para que o ouvinte possa notar cada nuance da voz perfeitamente afinada do intérprete interagindo com seu violão, o trio de baixo, teclado e bateria, e os arranjos impecáveis da orquestra de Claus Ogerman. Um trabalho essencial e definitivo.
Gravado nos Estados Unidos, ao fim de uma longa temporada do cantor naquele país, o disco traz João Gilberto já na faixa dos 45 anos, no auge de sua competência e contando com todos os recursos técnicos que seu talento pedia. Esqueça a discussão sobre estilos. Se você realmente gosta de música, terá 44 minutos e 41 segundos para se deleitar com um repertório sofisticado e eclético que abre com ‘S Wonderful (dos irmãos Gershwin), na qual João encanta em seu inglês “abaianado”; passa pela italiana Estate; o samba Tin tin por tin tin e versões matadoras de Wave e Triste.
Apesar de a música de João ser cool por essência, Amoroso deve ser tocado em volume razoavelmente alto para que o ouvinte possa notar cada nuance da voz perfeitamente afinada do intérprete interagindo com seu violão, o trio de baixo, teclado e bateria, e os arranjos impecáveis da orquestra de Claus Ogerman. Um trabalho essencial e definitivo.
Novidades musicais
New Order
Os ingleses de Manchester acabam de lançar um disco ao vivo captado em 2017 no Old Granada Studios, onde o Joy Division (banda da qual o New Order derivou após o suicídio do vocalista Ian Curtis) gravou pela primeira vez para a TV, em 1978. Neste álbum, o grupo toca junto com seu line-up normal acrescido de uma orquestra de 12 sintetizadores. O nome do disco, que é uma esquisitice só - (No,12k,Lg,17Mif) New Order + Liam Gillick: So it goes.. -, registra a participação do artista visual Gillick, que assina o design do palco.
Drab majesty
Um dos melhores lançamentos da semana é Modern mirror, do grupo americano Drab Majesty, que resgata boas sonopridades dos anos 1980 sem cheirar a mofo.
Metz
Lançado pela prestigiosa gravadora de rock Sub Pop, o álbum Automat é uma coleção de singles do Metz, uma das bandas mais festejadas da cena underground canadense.
Banks
Terceiro álbum da cantora californiana Banks mixa R&B alternativo com arranjos eletrônicos puxados nos graves e letras sobre relacionamento que vão direto ao assunto.
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