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Roberta Sá canta músicas inéditas de Gilberto Gil em show no Recife
Publicado: 31/05/2019 às 14:57

Foto: Nana Moraes/Divulgação/
O novo disco tem 11 canções inéditas, feitas em parceria com ninguém menos que Gilberto Gil. “Ele já tinha feito duas canções para o álbum, Giro e Afogamento. Então pensei que, tendo duas músicas inéditas do Gil, poderia gravar um disco inteiro”, orgulha-se, sobre o trabalho com produção musical do filho do gigante da MPB, Bem Gil, e com participação especial de outro ídolo, Jorge Ben Jor.
No palco, Bem Gil toca violão e guitarra. Roberta Sá também é acompanhada por Alberto Continentino (baixo), Marcelo Costa (bateria e percussão) e Danilo Andrade (teclado). Os ingressos para o show custam R$ 140 (balcão nobre), R$ 180 (plateia alta) e R$ 200 (plateia baixa) - todos os setores contam com meia-entrada. É uma artista muito bem acompanhada que fala ao Viver sobre a apresentação, as parcerias e sua ligação com a música e a vida pernambucana.
Confira a entrevista completa:
O que trará com o show Giro?
Sempre coloco Ah se eu vou, do Lula Queiroga, no meu repertório, e acho que tem muito a ver com este universo do Giro. Isso porque meu encontro com Gil vem muito a partir desta nossa raiz nordestina. Então, achei que caberia a canção. O show é composto por canções do Gilberto Gil. Das 11 inéditas do disco, há músicas com Bem Gil, com o baixista Alberto Continentino, parcerias minhas com Gil, de Bem Gil e Gil, de Yuri Queiroga e Gil, fora coisas que a gente colocou do repertório clássico do Gil, como Tempo rei, uma música com palavras que cabem muito nos dias de hoje, que são importantes de serem ditas. Abri a porta, parceria do Gil com Dominguinhos, também é uma canção que veio com muita força.
A seu pedido, Gil retomou parceria com Jorge Ben Jor depois de 40 anos, com Ela diz que me ama. Como se sente?
Sinto-me uma privilegiada em conviver com os dois, com a amizade de ambos. Presenciar o carinho que eles têm mutuamente foi muito gratificante. Foi uma delícia, uma farra muito gostosa estar no estúdio com eles, que são muito musicais.
Como foi esse processo?
A parceria do Jorge com Gil aconteceu muito por acaso. A gente estava numa festa, eu sou muito fã de ambos. Então, falei para Jorge: "Eu gostaria de gravar alguma canção sua algum dia". Ao que ele respondeu: "Por que não grava agora?". Expliquei que estava gravando um disco apenas com músicas do Gil, então ele falou: "Então vou fazer uma música com ele". Olhou pro Gil e falou: "Vamos fazer?". Então, fizeram e gravamos juntos. A princípio não era para o Jorge gravar. Disse que a música composta era para eu cantar. Mas, quando ele foi ao estúdio, acabou gravando. E foi um luxo ter o Jorge fazendo participação neste disco tão especial para mim.
Qual é a sua relação com o Recife?
Começou muito novinha porque, como sou de Natal, lembro muito bem que na época a cidade era uma espécie de capital nordestina. Quando minha avó precisava comprar qualquer coisa, ia para Recife ou Fortaleza. Ou quando precisávamos de qualquer médico, um especialista, que não havia em Natal. Eu tinha, por exemplo, muita alergia a inseto quando era criança, então tive que tomar vacinas e ia a Recife, toda semana fazer isso (risos). Era uma relação muito próxima mesmo.
Gosta da música pernambucana? Quem destacaria?
Adoro Lula Queiroga, Lenine, Nação Zumbi. Acho que ela tem uma importância enorme no cenário nacional. Adoro também Junio Barreto, Academia da Berlinda, Ylana Queiroga, dentre tantos outros que poderia fazer uma lista interminável. A música pernambucana é muito importante na minha vida.
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