Música

5 a Seco realiza último show no Recife antes de pausa do grupo

Publicado em: 17/05/2019 18:09 | Atualizado em: 17/05/2019 18:17

Foto: Dani Gurgel/Divulgação

Em um estúdio-fazenda chamado Gargolândia, em Alambari-SP, Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni imergiram na produção do mais recente álbum do 5 a Seco. Síntese (2018) foi idealizado por 20 dias e gravado em seguida nos palcos. Foi a última produção em conjunto dos músicos, já com certo tom de despedida, apresentando uma mistura do detalhamento de timbres do Policromo (2014) com um resgate das origens do grupo presente em Ao vivo no Auditório Ibirapuera (2012), onde ficava evidente a potência do encontro do quinteto. Eles cantam as músicas do Síntese agora em uma turnê que marca a pausa nos dez anos de carreira. A apresentação no Recife será hoje, às 21h, no Teatro RioMar, no bairro do Pina.

O espaço campestre, onde os músicos experimentaram um contato mais próximo com a natureza, abriu as portas para Síntese, foi o local de gravação de Policromo e pertence aos pais de Pedro Altério. Desde criança influenciado pelo pai músico e a mãe letrista, o cantor foi desenvolvendo aptidões musicais e se conectando com os instrumentos. "Eu sempre gostei muito de música. Na verdade, nem me lembro quando tudo começou, quando eu vi, a música já estava lá", conta Pedro, em entrevista ao Viver.

A relação com os outros integrantes foi acontecendo de forma natural. Ele é amigo de infância de Pedro Viáfora, que conhecia Vinicius, e os dois eram amigos de Tó. "Fui percebendo na geração dos meus pais uma tendência individualista e competitiva nas bandas e não queria trabalhar dessa forma. Até experimentar a musicalidade com os meninos e, desde o início, sentimos um espírito coletivo que fez a gente se juntar."

"Prezamos pelo equilíbrio das composições, dividimos os números de canções que cada um canta no palco e apresentamos as músicas sempre juntos”, diz Pedro. Por isso, o nome 5 a Seco. “São os cinco ali, sem protagonismo, sem banda, sem instrumento previamente definido. Tudo compartilhado e no nosso próprio ritmo." O grupo apresenta um conceito definido como MPB moderna, flertando com o pop e o rock inglês.

O mesmo espírito que uniu fez o grupo se separar. "É uma escolha de amigos. E, como tudo no grupo, foi natural. Estamos dando uma pausa, não é o fim. Precisamos dar conta de outras demandas da vida, recuperar coisas pessoais que ficaram paradas e é também um momento de colher os frutos que o próprio grupo plantou", explica o músico.

Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL