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Warner lança primeira comédia nacional com diretor do Porta dos Fundos
Estrelada por Julia Rabello, Mal me quer tem toques de humor ácido, piadas sutis e ritmo naturalista
Publicado: 06/02/2019 às 10:50

Série tem Klara Castanho, Julia Rabello e Felipe Abib no elenco. Foto: Warner/Divulgação/

Relacionamento amoroso é um tema recorrente em séries de comédias seja pela eterna busca dos felizes para sempre, seja pela separação. Não é diferente em Mal me quer, coprodução entre a Warner e a Boutique filmes, que estreia nesta quinta-feira (7) e marca a inserção da Warner no nicho das comédias nacionais. Em seis capítulos, Mal me quer será exibida às quintas, às 19h35. A comédia conta com textos de Ana Reber e Rodrigo Castilho, direção de Ian SBF, e Julia Rabello e Felipe Abib como os protagonistas.
A diferença na história de Mal me quer está na abordagem do casamento da dentista Olívia (Julia Rabello) e do empresário do ramo de turismo Marcel (Felipe Abib). Depois de levar um golpe do contador, Marcel perde tudo o que tem. A conselho de um advogado, ele e Olívia resolvem se separar mesmo apaixonados para que ela não perca a casa onde eles moram com os três filhos — Manuela (Klara Castanho), J.P. (Lipe Volpato) e Bruna (Chiara Scallet). A separação de mentirinha vai mexer com a vida e com o humor de todos eles.
"Quando falamos sobre relacionamento, com certeza rola uma identificação com o público. No caso de Mal me quer, os autores souberam de um casal que, por incrível que pareça, passou por algo parecido", afirma o diretor Ian SBF, conhecido por ser um dos nomes por trás do sucesso dos vídeos do canal Porta dos fundos.
O humor apresentado em Mal me quer está muito perto do visto no Porta dos fundos — com texto ágil, piadas sutis e ritmo naturalista. "O humor da série se assemelha ao do canal porque é aquela comédia de situação, calcado na realidade. A gente não tem um bordão ou uma caracterização de personagem", compara o diretor, em entrevista ao Correio.
Acostumado a escrever e dirigir comédia — só no Porta dos fundos são sete anos —, Ian acha que o humor vem mudando nos últimos anos. “A própria visão que temos do chamado politicamente correto mudou. Há cinco, seis anos a gente achava chata essa cobrança, hoje eu já acho que é uma vitória”, reflete. Para ele, é muito mais difícil — "e por isso mesmo muito mais gostoso" — fazer rir nos dias de hoje, quando busca-se muito mais a comédia inteligente do que a que ofende.
A chegada da Warner ao mercado nacional de comédias é motivo de comemoração para Ian: "Estamos vivendo um momento muito forte nas produções de séries brasileiras, com uma indústria criando raízes para enfrentar vendavais, com produtos sendo vendidos para o exterior. É claro que ainda não somos os EUA. Eles têm muito know how do assunto, a gente está tentando entender. Temos muita qualidade já, mas ainda corremos muito atrás para atingir os resultados."
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