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Tradição

Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda acontece nesta segunda

O evento já é tradição na cidade e tem a intenção de pedir proteção aos ancestrais para o carnaval

Publicado em: 25/02/2019 17:44 | Atualizado em: 25/02/2019 17:49

Nove grupos de Maracatus de Olinda irão participar da solenidade. Foto: Prefeitura de Olinda/Divulgação
Nesta segunda-feira (25), o Pátio do Bonsucesso, no Sítio Histórico de Olinda, será palco da 18ª da Noite para os Tambores Silenciosos. O evento já é tradição na cidade e tem a intenção de pedir proteção aos ancestrais para o carnaval. A concentração está prevista para às 20h, na Rua Prudente de Morais, nos Quatro Cantos. Este ano o evento está homenageando o Mestre Afonso Gomes, falecido no mês de abril do ano passado. 

Nove grupos de Maracatus de Olinda irão participar da solenidade. São eles: Nação Camaleão, Nação Badia, Nação de Luanda, Nação Maracambuco, Leão Coroado, Nação Estrela de Olinda, Nação Sol Brilhante e Tigre. O evento conta também com a participação do Maracatu Raízes de Pai Adão, convidado pelos organizadores para participar. 

Por vez, cada grupo desfila até o largo em frente a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, onde cantará duas loas e aguardará a cerimônia. À meia-noite, após a apresentação de todos, é iniciada a louvação com cânticos dedicados às divindades africanas. Quem conduzirá a cerimônia será o babalorixá Santo Amaro Rodrigues, do Ilê São João Batista. O ritual terá duração de 30 minutos. Nele, a frente da igreja será banhada de perfume, em seguida, haverá o rufar dos tambores e a tradicional queima de fogos. “Esse evento simboliza a abertura do carnaval de Olinda para nós, pois pedimos paz para a festa”, conta Kátia Paz, presidente da Associação. 

O Mestre Afonso, homenageado deste ano, presidia o maracatu mais antigo do Brasil, o Leão Coroado, fundado em 1863. Ele também liderava a Associação dos Maracatus de Olinda (AMO) e conduzia a cerimônia desta noite. . O líder faleceu em 2018, aos 70 anos de idade vítima de um infarto fulminante. “Ele deixou um importante legado para nós que vivemos a cultura e a religiosidade africana nos 365 dias do ano. Este ano, escolhemos um sacerdote do mesmo terreiro para representar a noite e lembrar do Mestre”, explica Kátia. 


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