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'Quis fazer um disco sobre amor', diz o pernambucano Igor de Carvalho

Lançado em janeiro de 2019, Cabeça Coração expõe o amadurecimento artístico do cantor e terá show de estreia no Teatro de Santa Isabel

Publicado em: 30/01/2019 14:59 | Atualizado em: 04/12/2020 12:11

Entre as participações estão Johnny Hooker (Me esqueça) e o português Manel Cruz (Película de vidro). (Foto: Flora Negri/Divulgação)
Entre as participações estão Johnny Hooker (Me esqueça) e o português Manel Cruz (Película de vidro). (Foto: Flora Negri/Divulgação)


A trajetória da carreira musical não costuma ter um roteiro bem definido. Enquanto alguns passam por um longo período de desenvolvimento até lançar algumas gravações, outros usam do primeiro álbum como ponto de partida para a maturação artística. O pernambucano Igor de Carvalho se encaixa nesse segundo caso. Em 2014, lançou o disco A TV, a lâmpada e o opaxorô com o suporte de Rogério Samico na produção e Lula Queiroga entre as colaborações. “Eles me abriram portas. Só depois fui para os palcos. Ainda tive de me acostumar com o público de fato”, diz o cantor, em entrevista ao Viver.

Quase cinco anos se passaram. Carvalho desenvolveu postura no palco ao se apresentar em festivais como Jack Daniels (2015), Rec-Beat (2016) e Guaiamum Treloso Rural (2018). Nos bastidores, veio aplicando novas experiências em composições feitas exclusivamente para seu segundo álbum de estúdio, Cabeça coração. O projeto foi lançado no dia 18 de janeiro nas plataformas digitais e será apresentado ao vivo pela primeira vez nesta quarta-feita (30), às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, Centro do Recife, dentro da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos.

Tendo essa maturação artística como um dos principais motes, o álbum foi gravado no Estúdio Carranca, com mixagem de Bernardo Goys e masterização de Felipe Tichauer. A produção foi novamente assinada por Rogério Samico, com arranjos do maestro e multi-instrumentista Henrique Albino. Entre as participações estão Johnny Hooker (Me esqueça), o português Manel Cruz (Película de vidro) e Zélia Duncan (Não tinha amor ali).

 (Foto: Flora Negri/Divulgação)
Foto: Flora Negri/Divulgação


"Inicialmente, pensei em fazer um disco sobre amor. Eu não sabia de fato para onde isso me levaria, pois coloquei essa temática de forma muito dispersa. No final das contas, o álbum acabou saindo por duas vertentes: um lado mais racional e outro passional. Assim nasceu o título, Cabeça coração”, explica o cantor. Laço, Não vou me acostumar com o que faz mal e Daqui pra frente são as faixas mais "lógicas", que tentam valorizar superação e amor-próprio. A parte responsável por expurgar sentimentos fica com Esqueça, Ouça bem, Não tinha amor ali e Desculpa.

Apesar dessas facetas plurais do amor, a sonoridade é sucinta. Igor mostra maior desenvoltura nos vocais em meio a uma instrumentação mais minimalista e lenta, com cordas. "Eu compus tudo no violão, também vim apresentando as faixas em alguns shows e acabei tendo um termômetro do público". A atuação do maestro Henrique Albino vem justamente para dar um toque mais imponente à obra, com percussão e metais que ajudam a criar um ambiente particular e convidativo, ora introspectivo, outrora explosivo. Essa dualidade está sempre presente, remendando o amor com emoção, reflexões, intelecto e ego.

COLABORAÇÕES
Outro pilar do álbum são as colaborações. O pernambucano Johnny Hooker gravou sua parte da faixa Me esqueça em um estúdio de São Paulo. Apesar da fama nacional, Igor o admira desde os tempos da banda Candeias Rock City. “Eu sempre achei essa música a cara do Hooker, até pensei em entregar para ele, mas como entrou no disco, o chamei”, explica. A parceria com Manel Cruz foi como uma realização de um sonho, já que Carvalho é fã do português desde criança. “Ele se apresentou no Festival MIMO de 2017 e vi minha oportunidade de conhecê-lo. Trocamos e-mails praticamente semanalmente e nasceu essa parceria. Isso me trouxe muita felicidade".

No YouTube, Cabeça coração conta com mais de mil reproduções, número que deve crescer nos próximos meses. O artista reconhece que ainda está no começo, angariando um público maior. “Estive tão envolvido comigo mesmo no processo de produção, que não pensei em como o álbum iria reverberar nas pessoas. Mas espero que os ouvintes relacionem as músicas com o que vivem. Deem uma interpretação para elas a partir do que vivem. Quando a gente fala de amor, geralmente sempre tem alguém com uma história parecida, mas com personagens, imagens, cheiros e sabores diferentes.”
 
Ouça o álbum na íntegra:



SERVIÇO
Igor de Carvalho lança Cabeça coração
Quando: Nesta quarta-feira (30), a partir das 20h30
Onde: Teatro Santa Isabel (Praça da República, Santo Antônio)
Quanto: R$ 40, à venda no ingressorapido.com.br

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