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Pernambucanas colocam cores, formas e sentimentos em ilustrações afetivas

Com traços simples e poesia, ilustradoras deixam a linha do tempo nas redes sociais mais coloridas

Publicado em: 29/10/2018 13:44

Paula Figueirôa, Thais Cavalcanti e Ana Rosa da Silva usam o Instagram para divulgar seus trabalhos. Foto: Divulgação

Inspiradas no universo lúdico, pernambucanas decidiram compartilham seus traços, formas e contornos e deixam a vida e a linha do tempo do Instagram mais coloridas. Nas ilustrações afetivas todo mundo vira desenho para estampar quadrinhos decorativos, canecas, cadernos, bottons e outros produtos. Com traços simples e poucas formas geométricas, o trabalho é minucioso e requer observação dos detalhes. As ilustradoras usam a plataforma divulgar o trabalho e, por lá, também aceitam encomendas. 

Desde 2016, a salgueirense Thais Cavalcanti (@ilustrathais) eterniza sentimentos através das ilustrações. Adepta da técnica mista, ela faz rascunhos no papel e depois passa para o computador para colorir com ajuda do Photoshop, dando tons de aquarela. Os trabalhos com figuras e temas diversos ganham forma em quadrinhos decorativos, canecas, cadernos, bottons, ímãs e almofadas. “Os temas acabam acompanhando as fases da minha vida. É uma extensão do que acredito, por isso reforço muito a questão da militância LGBT, para trazer como natural o que não pode ficar escondido", conta. "Eu me coloco como observadora e treino meu olhar para fazer com que a pessoas se identifiquem", aponta. As coleções são construídas de forma intuitiva, com mensagem de autocuidado, maternidade, signos e animais. “Vou aperfeiçoando e criando novos produtos. Tenho investido na personalização e nas embalagens, com finalização e carinho”, explica.

Thais Cavalcanti tem desenhos gravados em quadrinhos, canecas, bottons e almofadas. Foto: Divulgação


Com lápis de cor na mão, a bibliotecária e comunicadora visual Ana Rosa da Silva (@ilustranarossa) se inspira nos livros para traduzir as ideias no papel. "Me fascina tudo que remete ao lúdico. A minha aproximação com os desenhos se deu pelo meio literário. Gosto de uma citação que diz 'Crio para dar vazão a um sentimento interno muito íntimo, que não se descreve com palavras, se externaliza no papel'." No processo criativo, ela utiliza uma base e vai adaptando e fazendo a mistura de cores com alguns cliques. "Faço o rascunho antes e vou criando efeitos de iluminação e sombra e mistura de cores. Me sinto livre. O mundo real traz limitações que a arte não tem", avalia. 

A bibliotecária e comunicadora visual Ana Rosa da Silva cria caricaturas para formaturas, aniversários e casamentos. Foto: Divulgação


A arte educadora Paula Figueirôa (@paulinhacolore) faz poesia com o pincel e mistura todas as cores do arco-íris. Os primeiros riscos no papel vieram a partir do contato com o universo de tecidos e estampas. “Minha mãe é costureira e atribuo a liberdade de inventar coisas e de ser quem eu quero pelas horas que passava no quartinho de costura dela”, conta. Segundo ela, pela interação no Instagram, muitas pessoas se interessam pelos trabalhos dela e querem se ver naquele formato. A artista utiliza apenas a técnica de aquarela e usa o perfil para compartilhar vídeos mostrando como o trabalho é feito. “A aquarela é uma técnica que você não tem controle sobre ela. É tinta misturada com água e muitas vezes ela faz o que a gente não quer”, explica. A assinatura dela tem flores delicadas e um coração vermelho. Ela também ministra oficinas de técnicas de pintura para crianças na Casa das Asas (Rua Dom Sebastião Leme, 81, Graças).

Com tinta e pincel, Paulinha Colore desenha rostos e coloca o coração vermelho como sua marca. Foto: Divulgação
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