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Atores apostam na direção e garantem talento e boas bilheterias nas telonas

De Charles Chaplin a Buster Keaton, passando por Laurence Olivier, o cinema é frutífero para talentos como o de Bradley Cooper e seus pares que agem dirigindo e atuando

Publicado em: 17/10/2018 12:55

Bradley Cooper estreia como diretor em Nasce uma estrela, ao lado de Lady Gaga. Foto: Divulgação

Em 10 dias de exibição nos cinemas norte-americanos, o longa Nasce uma estrela vendeu US$ 94 milhões em ingressos, com cerca de dois terços da bilheteria de Venon, concorrente exibido em 12% de telas a mais do que o drama encabeçado por Lady Gaga. Uma das curiosidades atreladas à terceira refilmagem do sucesso cinematográfico desde os anos de 1930 está no fato de a condução do longa ser de um diretor estreante, justamente o ator Bradley Cooper, que também aparece no elenco do filme.

De Charles Chaplin a Buster Keaton, passando por Laurence Olivier, o cinema é frutífero para talentos como o de Bradley Cooper e seus pares que agem dirigindo e atuando. Pode ainda não ser o exemplo de pluralidade, uma vez que haja descompasso entre êxitos de homens e de mulheres: exemplo disso é a falta de exemplares conduzidos por atrizes, caso de Brie Larson, a ganhadora do Oscar, por O quarto de Jack.

Longa que Brie Larson dirigiu, Urnicorn Store sequer tem data de estreia, mesmo nos Estados Unidos. Larson aposta numa atmosfera delicada, mesmo caso de The white crow, que trata da vida do dançarino russo Rudolph Nureyev, dirigido pelo ator e diretor Ralph Fiennes.

Quase 10 anos depois da estreia como diretor, o ator John Krasinski acertou o passo, com Um lugar silencioso, o 14º filme mais assistido no último ano nos EUA. A escalada de sucesso na função de diretor, presente na vida do ator Kenneth Branagh desde os anos de 1990, se afirmou recentemente, quando ele passou a explorar personagens como Jack Ryan, Cinderela e Thor, em fitas diversificadas. Assassinato no Expresso do Oriente, também bem-sucedido, garantiu dois filmes de Branagh para o ano que vem: Artemis Fowl mostrará um garoto ladrão que sequestra um elfo, numa aventura da Disney, enquanto a literatura de Agatha Christie abastece o roteiro de Morte sobre o Nilo.


Promessas na direção:

Joel Edgerton 
No mesmo ano em que esteve nas telas em filmes ao lado de Jennifer Lawrence e Charlize Theron, o ator Joel Edgerton dispara em apostas para o Oscar, com o segundo filme que  dirigiu: Boy erased. O filme coloca Lucas Hedges e Nicole Kidman na adaptação de um livro de Garrard Conley, no qual um rapaz de família religiosa terá que se submeter a tratamento para reverter a orientação sexual dele. Aos 44 anos, ele já fez render 11 vezes o orçamento de US$ 5 milhões da estreia na direção com o suspense O presente (2015).

Paul Dano
Depois da gravação da série Escape at Dannemora, o ator Paul Dano, aos 34 anos, começa a colher os frutos da estreia na direção, com um drama. Corroteirizado por Zoe Kazan, Wildlife coloca os personagens de Jake Gyllenhaal e Carey Mulligan num turbilhão emocional. Centrado no estado de Montana (Estados Unidos) nos anos de 1960, o filme se debruça sobre o esfacelamento de um matrimônio, quando a mãe do menino Joe deposita os olhos e atenções sobre outro homem. Concorrente ao Bafta, enquanto ator, Dano estrelou Okja e Sangue negro.

Jonah Hill 
Uma atmosfera pop sempre cercou o astro Jonah Hill, que já teve entre as façanhas duas indicações ao Oscar pelos filmes O lobo de Wall Street e O homem que mudou o jogo. Recentemente, ele dirigiu um videoclipe do rapper Danny Brown. Há sete anos, ele despontou na direção de outro clipe, encenado pela cantora soul Sara Bareilles. Com o longa Mid90s, Jonah Hill estreia como diretor, projetando como astro Sunny Sulfic, cujo personagem tem 13 anos e descobre o lado rude da vida.

Emilio Estevez 
À frente da direção do sétimo filme, The public, o astro Emilio Estevez, de longas como Jovem demais para morrer e Vidas sem rumo, segue investindo na carga de humanidade presente nos longas anteriores da carreira de diretor, instituída em 1986. Apresentado em Toronto, The public foi defendido pelo cineasta como uma onda que “vai de encontro ao cinismo difundido nas redes sociais”. Estevez trata de solidariedade e de riscos. The public mostra como uma onda de frio, que assola Cincinnati, modifica  a vida de um bibliotecário caridoso.

Consagrados por trás das câmeras:

Clint Eastwood 
Desde 1971, na direção, o astro surgido em meados dos anos de 1950 diversificou a carreira. E é assombroso que, aos 88 anos, acumule mais de 300 indicações a prêmios, descontados vitórias. Para dezembro, os fãs já podem reservar a sessão para conferir The mule, em que Clint também atuará.

Angelina Jolie 
O quarto filme da atriz, Primeiro, mataram o meu pai — que tentou candidatura ao Oscar de melhor filme estrangeiro pelo Camboja —,  está disponível no catálogo da Netflix. Com a carreira de diretora de ficção iniciada em 2011, Angelina Jolie parece ter atingido o ápice com o filme que teve indicação ao Globo de Ouro.

Julie Delpy 
Na sétima investida em longas, com My Zoe, a atriz francesa Julie Delpy troca o tom do filme anterior, a descompromissada comédia Lolo: O filho da minha namorada (2015). Pesará o drama forte numa trama em que uma moça receberá o apoio da mãe que é divorciada, após enorme tragédia em família.

James Franco
Com pouco mais de 40 anos, o astro de 127 horas terá no currículo a impressionante condução de 20 longas, descontados curtas-metragens e documentários. James Franco, ainda em 2018 verá os lançamentos de Future world e The long home, ambos dirigidos por ele.

Mel Gibson
Reabilitado na lista do Oscar do ano passado, pelo desempenho do drama de guerra Até o último homem, Gibson será visto nos próximos anos em frente a dois desafios: o diretor de Coração valente conduzirá refilmagem do clássico Meu ódio será sua herança e estará por trás de Ressurreição, longa que dará continuidade ao longa de 2004 A paixão de Cristo, novamente com o astro Jim Caviezel.
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