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Protagonista de A Freira recorreu à meditação para evitar pesadelos com o filme

Apesar de já ter participado de várias produções do gênero, Taissa Farmiga evita ver obras de terror

Publicado em: 04/09/2018 20:30 | Atualizado em: 05/09/2018 20:17

"Eu sou uma pessoa muito sensível, muito assustada. Eu não queria Valak (a freira demoníaca do filme) assombrando minha mente", conta a atriz. Foto: Warner Bros./Divulgação

Cidade do México – Enrolada em um cobertor e com uma xícara de chá na mão, a atriz Taissa Farmiga entra na sala preparada para entrevistas no antigo Convento Desierto de los Leones. Hoje um ponto turístico e sem uso religioso, a edificação construída no século 17 parece uma escolha acertada para o encontro entre a imprensa e elenco de A freira, novo capítulo da franquia de terror Invocação do Mal, que tem sessões no cinema a partir desta quarta-feira.

No papel de um das protagonista do filme, a noviça Irene, a atriz norte-americana se mostra bem diferente da personagem. Entre goles de chá para a aplacar o frio em uma noite chuvosa, com temperatura por volta dos 5ºC, Taissa Farmiga começa a entrevista revelando não ter o hábito de assistir ao tipo de produção que está mais associada: títulos de horror. Já tendo participado de alguns outros filmes do gênero e também da série American horror history, ela mantém uma relação dúbia com o terror.

"Algo que gosto em filmes de horror é a atmosfera sombria e pesada. Muita coisa acontece entre o 'ação’ e o 'corta'", reflete Farmiga. "Minha parte favorita é quando você filma algo tão estranho e louco, está gritando, sentido algo intenso e, de repente, alguém diz ‘corta’”, comenta sobre as mudanças de estado de espírito durante as filmagens. "Somos atores, é nosso trabalho, é o que fazemos", brinca, fazendo uma entonação blasé.

"Não é o gênero que me atrai, é o roteiro, a personagem. Eu quero trabalhar em algo que me faça sentir algo, quero sentir paixão nisso", observa. A respeito disso, ela garante que o fato de o filme ter sido rodado na Transilvânia intensificou as sensações e imersão no papel. "Tem algo especial sobre estar em locações reais, ainda mais naquela área da Romênia, que não se modernizou tanto. É mais fácil embarcar na atmosfera (filme), você sente, se transforma", afirma.

Irmã mais nova de Vera Farmiga, estrela de Invocação do mal, Taissa disse que o principal conselho dado pela veterana foi tentar abstrair ao máximo fora dos sets. "Eu sou uma pessoa muito sensível, muito assustada. Eu não queria Valak (a freira demoníaca do filme) assombrando minha mente", conta, dizendo que buscava sempre meditar antes de dormir, para evitar pesadelos.

"Não sei se acredito no sobrenatural, mas não quero tomar uma decisão equivocada", afirma. "Se disser que não acredito, talvez esteja me abrindo para que algo, alguma coisa, venha tentar provar que estou errada", diz. "E se disser que acredito no sobrenatural, em forças demoníacas, também estarei, de certa maneira, aberta para que venham confirmar isso", acrescenta. "É uma linha tênue".

"Se você está aí, faça suas coisas, eu estou aqui, não olhe para mim, não fale comigo", diz, repetindo a maneira como, por via das dúvidas, prefere se dirigir a alguma eventual entidade sobrenatural.

*O repórter viajou a convite da Warner Bros. 

Confira o teaser do filme:

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