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Com Kéfera no elenco, nova novela da Globo terá viagens espirituais ao passado

Folhetim das 18h, Espelho da Vida é uma novela 'atual e de época do mesmo tempo'

Publicado em: 25/09/2018 09:02 | Atualizado em: 25/09/2018 09:25

Os protagonistas são interpretados por Vitória Strada e João Vicente de Castro. Foto: Joa%u0303o Miguel Ju%u0301nior/Globo

A chegada de um time de celebridades para a gravação de um filme vai estremecer os alicerces da pequena cidade fictícia de Rosa Branca, localizada no interior de Minas Gerais. É nesse cenário que se desenvolve a trama de Espelho da vida, nova novela da Globo que estreia hoje no horário das 18h, substituindo a produção de época Orgulho e paixão. A “metalinguagem” de bastidores do universo do entretenimento serve como pano de fundo para mistérios, viagens espirituais ao passado e intrigas de relacionamento. Como de costume nas obras desse horário, o universo é tratado com leveza e pitadas de humor.

O texto é de Elizabeth Jhin, com direção de Pedro Vasconcelos - mais uma parceira entre a dupla, que já trabalhou junta em Escrito nas estrelas (2010), Amor eterno amor (2012) e Além do tempo (2015). Seguindo a atual política da emissora em sair da zona do conforto do eixo Rio-São Paulo, a produção viajou por cidades históricas mineiras como Mariana, Tiradentes, Ouro Preto e Carrancas para gravar.

O elenco é composto por veteranos como Alinne Moraes, Reginaldo Faria, Vera Fischer e Julia Lemmertz. Os protagonistas Vitória Strada e João Vicente de Castro são menos conhecidos pelo público. Outro destaque é Kéfera Buchmann, youtuber que faz sua estreia como atriz na emissora.

No enredo, o renomado cineasta Alain Dutra (João Vicente de Castro) decide produzir um filme sobre o misterioso assassinato da jovem Julia Castelo, ocorrido em 1932 em Rosa Branca. Para isso, ele leva para a cidade natal da vítima um elenco composto por nomes como Mariane (Kéfera Buchmann), Carmo (Vera Fischer), Solange (Luciana Vendramini), Emiliano (Evandro Mesquita) e Mauro César (Rômulo Arantes Neto).

A protagonista do longa é Cris Valência (Vitória Strada), que em sua pesquisa para interpretar a personagem acaba vivendo experiências sobrenaturais de viagens no tempo - coincidentemente, Julia é sua vida passada. A vilã da vez é Isabel (Alinne Moraes), uma mulher frustrada por morar no interior e que teve um relacionamento com Alain no passado. Com a chegada da produção, ela enxerga a oportunidade de reconquistar o rapaz, que atualmente vive um relacionamento com Cris.

Assim, o folhetim vai criando uma narrativa curiosa, com cenas que transitam entre o passado (1932), o presente (2018) e as gravações do filme. “Minha intenção foi usar três tempos para que as pessoas acompanhem as situações e torçam pelos personagens das duas épocas. O público ficará com vontade de descobrir tudo que aconteceu com Julia, e também entender quem já fazia parte da história de Cris desde sua vida passada”, diz a autora Elizabeth Linn.

“É uma história de amores e dores que atravessa o tempo, com muito mistério, mas sem abandonar o humor e a leveza. Sempre li muito sobre o tema de vidas passadas, viagem no tempo e acho que a maioria das pessoas gostaria de brincar com a ideia de voltar ao passado para poder mudar alguma coisa”, adianta a dramaturga. “A cada viagem de Cris ao passado ela faz uma nova descoberta que liga sua vida anterior, inclusive descobre pessoas de seu cotidiano já estavam em sua história há muito tempo. Isso faz com que queira desvendar o mistério da morte de Julia. Essa descoberta vai impactar fortemente a trama”.

Para Pedro Vasconcelos, esse enredo que envolve três universos foi o maior desafio na direção: “É uma novela atual e de época ao mesmo tempo, algo que eu ainda não tinha vivido. Muitos atores do elenco dobram de personagens. E fazemos tudo sem perder o caráter de folhetim que a autora denomina. Acho que para o telespectador será curioso. Ele assistirá às cenas atuais ao mesmo tempo em que acompanhará as cenas de época. Vai entender a mudança de décadas pelo figurino, paisagens e objetos”.

O diretor também explica que realizar as gravações externas por Minas Gerais foi ideia sua. "Estava visitando as cidades históricas mineiras para encontrar um lugar que me servisse de base para a construção de uma cidade cenográfica no Projac. Acabei encontrando em Mariana o desenho exato que a Jhin gostaria de ter para a cidade fictícia de Rosa Branca: uma praça com um chafariz no meio e casarões históricos em volta. Fiquei tão encantado que resolvi abrir mão da construção de uma cidade cenográfica e gravar as externas em Minas Gerais, principalmente em Mariana, além de Tiradentes, Ouro Preto e Carrancas. Isso dá um caráter mais realista e vai me ajudar a contar melhor essa história”.

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