Literatura

Escritor Ronaldo Correia de Brito lança novo romance no Recife

Dora Sem Véu terá evento de lançamento no Museu do Estado de Pernambuco

Publicado em: 11/06/2018 08:31 | Atualizado em: 21/08/2018 17:29

Radicado no Recife, o escritor cearense tem, entre outros planos, escrever, pelo menos, mais dois romances e três livros de contos.  Credito: Fellipe Torres Veras Rodrigues/Divulgação

Ronaldo Correia de Brito é um escritor metódico. Não encara o ofício com se dependesse de algum tipo de inspiração transcendental ou coisa do tipo. Quando deseja, se põe a escrever e basta essa vontade. Tem como meta publicar pelo menos um livro a cada dois ou três anos e, passado esse período desde a última publicação, o volume de contos O amor das sombras (2015), o autor lança o romance Dora sem véu (Alfaguara, 248 páginas, R$ 49,90). O lançamento será nesta segunda-feira (11), às 19h, no Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, 960). Na ocasião, ele participa também de debate com mediação do jornalista Schneider Carpeggiani. A entrada é gratuita.

Radicado no Recife, o escritor cearense tem, entre outros planos, escrever, pelo menos, mais dois romances e três livros de contos. “Como as pessoas da minha família morrem depois dos 97, espero viver até os 100 anos”, diz brincando. “Tenho 66 anos, mas a inquietação de um rapazinho de 17”, afirma a respeito da ânsia por escrever e desejo de manter o ritmo de produtividade, incluindo na rotina, além da escrita dos livros, textos mais curtos, como crônicas e colunas para outras publicações.

“Eu não tenho vida social, é uma escolha”, conta Ronaldo sobre a dedicação à escrita e cumprimento dos prazos, sejam os impostos por ele mesmo, editores ou quem por ventura encomenda um texto seu. “Adoro escrever por encomenda”, revela, em seguida falando sobre o último trabalho do tipo, o conto O abismo, feito para o Instituto Moreira Salles (IMS).

Disponível no site da instituição, o texto integra a série Primeira Vista, em que autores convidados produzem alguma ficção a partir de uma fotografia do acervo do IMS, sem receber qualquer informação a respeito da imagem. “Escrevi em meia hora”, garante, a respeito de O abismo, complementando que o texto foi depois trabalhado ao longo de uma semana e que considera o conto como um dos melhores que já escreveu.

Habituado a intercalar a produção de romances e contos, Ronaldo Correia de Brito decidiu que não vai se dedicar a um gênero em especial nos próximos anos e vai desenvolver ambos em paralelo. Estima o lançamento dos próximos livros para daqui a dois anos e, atualmente, se ocupada também na produção de um espetáculo teatral. “É muito trabalhoso, custa muito, mas me dá muito gosto fazer”, diz sobre as incursões no teatro, como Baile do menino Deus, encenado anualmente no Marco Zero do Recife.
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