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A luta das mulheres contra o câncer é tema de show beneficente no Recife

Projeto Além da Cura visa arrecadar fundos para finalização de documentário

Publicado em: 06/06/2018 13:42 | Atualizado em: 06/06/2018 14:24

Nena Queiroga, Irah Caldeira, Isaar, Victor Camarote e Cirleide Andrade se apresentam nesta quarta-feira no Teatro Apolo. Fotos: Divulgação


Há quatro anos, a então estudante de jornalismo Bruna Monteiro apresentava o livro O peso do vento, como seu trabalho de conclusão de curso. A obra narra a história de um amigo de infância que foi diagnosticado com câncer. Um ano depois, a já jornalista decidiu transformar o livro em um projeto maior, que ganhou o nome de Além da cura, um documentário com foco em mulheres que lutam contra a doença oncológica. Durante a trajetória, Bruna, a responsável pela produção de conteúdo, ganhou o apoio de Estéfane Oliveira, que se tornou sócia e assumiu a produção executiva do projeto, que é mantido por meio de doações e conta com um grupo de 15 voluntários. 

Com o objetivo de arrecadar fundos para a finalização do filme, as pernambucanas decidiram viabilizar um show beneficente com participações de peso, como Nena Queiroga, Irah Caldeira, Isaar, Victor Camarote e Cirleide Andrade. “Nos conectamos com artistas que querem ajudar uma causa de respeito, de empatia ao próximo e desmistificar o câncer. O público pode esperar uma apresentação muito animada, cheia de vida e esperança”, afirma Bruna. Ao final do espetáculo, os artistas vão fazer uma homenagem às mulheres que enfrentaram ou estão enfrentando o câncer. O evento será realizado nesta quarta-feira (6), das 19h às 22h, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). O ingresso custa R$ 30 e pode ser comprado através do site ou na hora por R$ 35. 

Bruna Monteiro e Estéfane Oliveira, idealizadoras do Além da Cura. Foto: André Ferreira/Divulgação

Além disso, há um financiamento coletivo, disponível até o dia 10 de junho, em que os interessados podem fazer doações a partir de R$ 10, com recompensas para as contribuições acima de R$ 20. “O projeto é caro e ele realmente pode parar caso a gente não atinja o necessário. Além do show beneficente, temos várias ações que já arrecadaram cerca de 41 mil reais, o que não é pouco. No entanto, se não batermos a meta, todo o valor será devolvido para os apoiadores”, explica Bruna sobre a campanha no formato tudo-ou-nada, que somente receberá os recursos se atingir ou ultrapassar a meta de R$ 86.200. 

A ideia é que o filme, que já conta com 30 entrevistadas de cinco países (Brasil, Argentina, Portugal, França e Alemanha), seja lançado em 2019. Bruna e Estéfane pretendem finalizar as gravações em Hong Kong, Quênia, Índia, Austrália e Moçambique, além de filmar em outras regiões do Brasil. "Estamos tentando conseguir hospedagem e alimentação. Todo o equipamento profissional usado é de acervo pessoal ou emprestado de forma voluntária. Assim, o maior custo é, sem dúvida, com passagens e a finalização do filme", esclarece.

Para Bruna, o documentário aborda um problema individual, mas com um sonho coletivo em querer diminuir o tabu do câncer e trazer um novo olhar sobre a vida. "O filme é sobre mulheres com a doença, sobre humanidade, sobre olhar a vida diferente e olhar a si mesmo. Acreditamos no formato de financiamento coletivo por entender que juntos podemos transformar a vida dessas pessoas", garante.
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