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TEATRO

Mateus Solano volta a Pernambuco com o espetáculo 'Selfie'

Peça será apresentada, neste sábado (19), no Teatro Guararapes, após temporada realizada há três anos

Publicado em: 19/05/2018 10:19 | Atualizado em: 19/05/2018 14:44

Comédia aborda a dependência das pessoas com a tecnologia. Foto: Victor Zorzal/Divulgação


Se você é uma pessoa que está sempre conectada à internet, compartilha cada passo de sua rotina e guarda momentos da vida em computadores e smartphones, certamente, vai se identificar com o espetáculo Selfie. Três anos após uma temporada de sucesso no Recife, a comédia, estrelada pelos atores Mateus Solano e Miguel Thiré, volta a Pernambuco, neste sábado, às 21h, no Teatro Guararapes (Centro de Convenções - Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho, Olinda). 

A peça conta a história de Claudio (Mateus Solano), um homem que vive conectado a computadores, redes sociais e nuvens e tem a ideia de criar um sistema que armazena todos os dados de uma pessoa. Porém, o plano não dá certo depois que ele deixa cair café no equipamento, perdendo tudo. "A intenção é mostrar como a gente está se relacionando através dos smartphones e o quanto eles ajudam, mas também podem atrapalhar. Mais do que uma crítica, Selfie é uma reflexão muito bem-humorada desse assunto que é urgente de se falar", comenta o ator Mateus Solano, em entrevista ao Viver

Como a única memória que Claudio tinha era a virtual, ele recorre a 11 personagens do seu passado na tentativa de recordar o que foi perdido. Interpretados por Miguel Thiré, aparecem em cena a mãe do protagonista, a namorada, os amigos, um empresário, entre outros. "Eu tenho uma intimidade cênica muito grande com o Miguel e a gente está pronto para tudo no palco, usando apenas nosso corpo e nossa voz", conta Mateus. O ator confessa que, diferente de Claudio, não sente prazer em viver o virtual. "Eu faço um esforço diário para usar a tecnologia, porque não é só de rede social que é feito o smartphone. Você se localiza pelo celular, faz compras, descobre qual o melhor hotel ou restaurante... Então, por mais que a gente não queira, já somos dependentes disso. Mas eu estou sempre me questionando: Será que preciso estar agora com o celular ou é só mais um vício?", indaga. As referências da vida virtual podem ser observadas até no cenário de Selfie, que tem um chão preto, retangular e com as bordas arredondadas, fazendo alusão ao formato de um tablet. 

Com direção de Marcos Caruso e texto de Daniela Ocampo, roteirista do programa Tá no ar: A TV na TV (Rede Globo), o espetáculo estreou em 2014 e já teve mais de 250 apresentações e 250 mil espectadores, divididos entre o Brasil, Estados Unidos e Portugal. Ao final de cada sessão, os atores voltam ao palco para um bate-papo sobre o processo de construção da peça. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro, nas lojas Ticketfolia e através do site Eventim. As entradas podem ser adquiridas por R$ 64 (inteira) e R$ 32 (meia) para o balcão. Já para os que preferem a plateia comum, os valores são R$ 84 (inteira) e R$ 42 (meia). A plateia especial - mais perto do palco - custa R$ 104 (inteira) e R$ 52 (meia). Informações: (81) 3182-8020

3 perguntas // Mateus Solano, ator

Por que você acha que as pessoas sentem necessidade em estarem conectadas à internet?
Antes, estar em sociedade exigia que a gente saísse de casa para um encontro. Hoje, tirar uma selfie em qualquer lugar e postar é como se você estivesse fazendo parte de uma festa em que todo mundo é convidado e você tem a chance de aparecer e conseguir suas curtidas. Acho que vivemos um grande "teatrão" e o perigo disso tudo é perdermos a nossa essência.

Você se sente mais confortável no teatro, na televisão ou no cinema?
São três meios completamente diferentes no que exige do ator da preparação até o resultado final. Eu vim do teatro, faço espetáculos desde 1996. Já a tevê surgiu na minha vida em 2003, quando eu já tinha umas 20 peças no currículo. O cinema veio depois e ainda é o mais "alienígena" para mim porque o processo de filmagem é um momento muito intenso que vivemos por uns três meses e o produto só vem a ser lançado muito tempo depois. Isso é algo que não entendo bem, mas gosto muito. 

Quais os seus planos para este ano?
Estou gravando a quarta temporada da Escolinha do professor Raimundo, que deve estrear no final do ano, na Globo. Vai ter também um longa chamado Talvez uma história de amor, que estreia dia 14 de junho nos cinemas do Brasil. Eu estou muito ansioso por esse filme porque sou o protagonista.
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