Arraial do GD

Gabriel Diniz mistura sons do romântico ao arrocha em novo show

Cantor estreia a primeira edição do Arraial do GD em estrutura montada ao lado do Haras Boa Viagem

Publicado em: 19/05/2018 09:56 | Atualizado em: 19/05/2018 14:17

 (Universal Music/Divulgacao)
Universal Music/Divulgacao

Com figurino e performances próprios, o cantor Gabriel Diniz prefere não se prender a nenhum gênero musical para ter liberdade no que batizou 'Estilo GD', identidade criada por ele onde se permite misturar sonoridades e referências. Aos 27 anos, o artista conquista espaço na música e faz shows em todo o Brasil. Ele estreia a primeira edição do Arraial do GD, neste sábado (19), em estrutura montada ao lado do Haras Boa Viagem. A noite ainda terá Luan Estilizado, Felipe Araújo e DJ Jopin. Os ingressos custam R$ 70, à venda nas lojas Chilli Beans e Vitabrasilnet.

"A ideia é trazer um show temático de São João, relembrando os sucesso da carreira e incluir músicas do novo repertório do DVD GD na Ilha", explica o cantor que teve passagem por bandas de forró eletrônico como Capim com Mel e Cavaleiros do Forró. Nascido em João Pessoa, na Paraíba, Gabriel explica que a carreira 'aconteceu' em Pernambuco, quando passou a ser gerenciada pela recifense Luan Promoções, mesmo escritório de Safadão. Ele alega que não se encaixa em nenhuma prateleira musical e a vantagem é estar em todas ao mesmo tempo. "Saio mesclando tudo e criei meu estilo. Gosto  de ver coisas de fora, mas não me prendo em copiar. Luiz Gonzaga mesmo era um cara ousado. Ele colou um gibão e subiu no palco, e ainda levou um anão para tocar triangulo", aponta. 
 
Para o show no Recife, GD promete passear por hits Minha cara de preocupação, Paraquedas, É hora de dar tchau e Amor de copo, além de mostrar as inéditas Acabou acabou, gravada com Safadão, Casa chora, em parceria com Maiara e Maraisa, Erro preferido e Pouca roupa, que fazem parte do DVD GD na Ilha, lançado em abril pela Universal Music. 
O projeto é o segundo da carreira, gravado no Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O anterior foi o GD at The Park (2015), gravado no Mirabilândia, no Recife. 
 
Além de cores e cortes de cabelo diferentes e roupas que fogem do lugar-comum, Gabriel acredita ter sido pioneiro em trazer elementos que se tornaram comuns aos shows de forró. Em 2011, ele assumiu o nome artístico Gabriel Diniz, enquanto os demais ainda cantavam com suas bandas. Ele também diz ter criado a 'boate do GD' para o último bloco do show com músicas no estilo pancadão, efeitos com CO² e fogos de artifício, além de misturar forró com batidas da eletrônica e trazer versões do brega-funk. "É tudo uma construção. O primeiro vem e faz, o público curte, e é normal que os outros também façam. Não acho ruim. O ápice está sendo agora, mas já vou inovar mais uma vez. Quero ditar regras e estar sempre a frente", planeja. 

Personalidade ativa nas redes sociais, Gabriel se destaca com lado voltado para o humor. Com desenvoltura e improviso, costuma criar conteúdo para o Instagram como o Talkshow do GD composto por quadros divertidos e imitações. "Esse timing de fazer rir é natural. Sou a mesma pessoa e o público gosta. As pessoas chegam em casa e não procuram a TV, elas vão acompanhar o GD, Carlinhos Maia, Renan da Resenha. Isso é bacana, estar presente na vida da pessoas sem estar fazendo música", comemora. "Faço sempre que posso e me divirto", complementa. Após o Arraial do GD, Gabriel Diniz volta para a capital pernambucana na programação do São João da Capitá (8 de junho) e fará parte da grade de festas juninas em Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco. 

 (Iago Antunes/Divulgacao)
Iago Antunes/Divulgacao


ENTREVISTA /// GABRIEL DINIZ

O DVD GD na Ilha foi  uma produção grandiosa. O que achou do resultado?
A logística foi bem complicada. A Ilha fica a 500 km da costa e fizemos todo deslocamento do material e estrutura de navio. Tivemos cuidado com o ambiente e os órgãos oficiais de Noronha que nos orientaram para não prejudicar a natureza. Trabalhamos duro e só tenho a agradecer a equipe. Queria fazer uma coisa mais intimista, que transmitisse uma ousadia ao extremo e fosse diferente de tudo já feito. No início, seria apenas um clipe e depois o projeto foi ganhando forma. O resultado está incrível. Conseguimos reunir amigos e fãs para passar a energia que Noronha tem em um show especial. O público merece. 

Como é o processo de escolha de repertório?
No meu show toco de tudo. Tem sofrência, música para cima e romântica, tem arrocha e brega. Busco ser eclético e agradar todo mundo. Acho que consegui passar minha essência de ser e cantar o Estilo GD. Não me rotulo. O Rei Roberto Carlos toca de tudo, até funk. O Luan Santana faz reggae, pop, MPB, rock. Michel Jackson também sempre foi além nos trabalhos. Quero ser um  artista completo. 

Com a mistura dos ritmos, não existe mais a 'propriedade' musical e é comum incluir música de outros artistas no repertório. Como avalia esse movimento?
A internet faz com que as pessoas saibam de quem é a música. Quando você vai para uma festa é como um baile. As pessoas querem ouvir as músicas que estão estouradas. Esse é o segredo. Canto outros artistas dando a minha batida e o meu jeito, não fica exatamente igual. Cada música tem um jeito diferente. 

O forró passou marcar presença em festivais no Sul e Sudeste. É comum ser confundido com sertanejo? O que acha?
Não fico chateado. O que importa é a música chegar lá. Acho que por ter sertanejos como Gusttavo Lima ou Cristiano Araújo, as pessoas pensam logo que Gabriel Diniz é mais um. Mas não tem problema. No palco, quando a galera ouve e vê que tenho um trabalho diferente. 
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