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Maria do Céu deixa cargo no Ministério da Cultura e pode sair do PPS

Após um ano e meio, empresária deixa cargo de representante do RRNE/Minc

Publicado em: 06/04/2018 11:55 | Atualizado em: 06/04/2018 12:39

Maria do Céu é um dos principais nomes da militância LGBT em Pernambuco. Foto: Facebook/Reprodução

A pernambucana Maria do Céu está saindo da chefia da Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE/Minc), após um ano e meio no cargo. A empresária de 51 anos anunciou seu desligamento do braço articulador do MinC na região nesta sexta-feira (6), em uma nota enviada à imprensa. No texto, ela afirma que chegou o momento de "seguir novos caminhos", mas garante que continua filiada ao Partido Popular Socialista (PPS) local, embora siga analisando a possibilidade de mudar de sigla.

"Saio com a sensação de dever cumprido, onde tive a oportunidade de dar protagonismo a cultura da diversidade, outrora tão invisibilizada, e que teve sua voz escutada dentro do Ministério da Cultura", diz Maria no comunicado. Ela ressalta as ações que realizou durante o tempo no cargo, como a divulgação e realização das oficinas do Edital de Cultura Popular – Prêmio Leandro Gomes de Barros e a participação do MinC na XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.

No Recife, Maria do Céu é responsável por diversos empreendimentos destinados ao público LGBTQ - Club Metrópole, Miami Pub e Bar do Céu, todos localizados no bairro da Boa Vista, no centro da cidade. Em 2016, a pernambucana se filiou ao PPS e chegou a disputar nas eleições municipais para vereadora naquele mesmo ano, mas não conseguiu se eleger.

Confira a comunicado na íntegra:

"É chegada a hora de seguir novos caminhos,

Agradeço a extrema confiança e apoio para que esta Regional, considerando os desafios postos pela conjuntura do país, pudesse atingir e superar os objetivos que nos foram colocados. Quando assumi a Chefia da RRNE, a mesma estava em uma situação precária em relação a sua estrutura física, ocupando o auditório da superintendência do IPHAN de Pernambuco. Após diálogos com a Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ/MEC), conseguimos salas adequadas para que a RRNE/MinC possa ocupar e desenvolver sua missão institucional com dignidade e respeito para com os cidadãos e as culturas nordestina e brasileira – o termo de cessão já está publicado no DOU e já estamos em processo de mudança. Além disso, no tempo que ocupei a chefia destaco algumas ações que foram realizadas por essa Representação como, por exemplos: a divulgação e realização das oficinas do Edital de Cultura Popular – Prêmio Leandro Gomes de Barros, onde tivemos um número recorde de inscrições e premiações para a região Nordeste; e a participação do MinC, numa articulação da Regional Nordeste com a FUNDAJ/MEC, na XI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, realizando ações que promoveram a cultura dos Povos Indígenas, Ciganos, Negros, a Cultura LGBT e o Meio Ambiente. 

Saio com a sensação de dever cumprido, onde tive a oportunidade de dar protagonismo a cultura da diversidade, outrora tão invisibilisada, e que teve sua voz escutada dentro do Ministério da Cultura (preenchi, inclusive, nos quadros da RRNE/MinC, duas das cinco vagas para estágio com pessoas trans). Além disto, ressalto o aprendizado constante nos meus dias enquanto Representante Regional, atuando como ponte entre os fazedores de cultura da região e os quadros da administração pública. Concluo minha missão no Ministério com felicidade renovada para seguir minha atuação no campo da cultura.

Destaco, por fim, a sempre saudável relação que tive com os servidores da RRNE/MinC, aos quais ficarei eternamente grata pela paciência e carinho".

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