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Alcione comemora 45 anos de carreira em show intimista no Recife

A sambista apresenta a turnê Eu Sou a Marrom no Manhattan Café Theatro

Publicado em: 13/04/2018 16:00

Ainda este ano, ela lança um DVD ao vivo, um documentário, uma biografia e um musical. Foto: Elizeu Fiuza/Divulgação


Com 45 anos de uma carreira bem-sucedida, a cantora Alcione pretende não deixar o samba morrer, no que depender dela. Aos 70 anos, ela roda o Brasil com a turnê comemorativa Eu sou a Marrom, projeto que ainda em 2018 terá um DVD ao vivo, um documentário, uma biografia e um musical. O show que passeia pela trajetória da maranhense aporta no Recife em uma versão intimista para duas apresentações. Ela canta nesta sexta-feira (13) e no sábado (14), no Manhattan Café Theatro (Rua Francisco da Cunha, 881, Boa Viagem), a partir das 21h, com ingressos a R$ 220.

Em entrevista ao Viver, ela falou sobre o espetáculo que estreou no ano passado, no Rio de Janeiro, com participações de Maria Bethânia e da bateria da Estação Primeira de Mangueira. "É um show com muitos sucessos, alguns deles que não constavam no repertório de trabalhos anteriores. Mas é, principalmente, um show para celebrar com o público que adora interagir e cantar junto com a gente. É uma festa que terá convidados muito especiais: os fãs", adianta.

A comemoração dos 45 anos de carreira começou já no carnaval. Alcione foi homenageada pela agremiação paulistana Mocidade Alegre, com o enredo A voz Marrom que não deixa o samba morrer. "Foi uma grande emoção para a minha família, meus amigos e, claro, para mim. A Mocidade fez um desfile lindo, caprichado, que encantou o povo presente ao Sambódromo. Mereceu estar entre as campeãs da avenida. Foi um carnaval para jamais esquecer", diz.

A artista revela que enfrentou desafios diários desde os tempos em que cantava na noite, até quando já estava com a carreira consolidada. "Quando comecei, muita gente achava inusitado uma mulher tocando trompete e só queriam ouvir o instrumento. 'Trouxe o trompete?' era sempre a primeira pergunta. Depois de conhecida, o maior deles foi, sem dúvida, quando tive problemas nas cordas vocais. Fui salva por uma cirurgia espiritual e, graças a Deus, fiquei completamente curada", relata.

Entrevista // Alcione

Como você avalia a ascensão das mulheres na música e o feminismo sendo abordado nas letras das canções?
Sou feminista desde que me entendo por gente. Nossos pais nos ensinaram a não abaixar a cabeça para homem nenhum e para ninguém. Meus irmãos e eu fomos educados para sermos cidadãos e encararmos a sociedade de frente sem medo de discriminações. Sempre falo que não tenho marca de chicote nas costas e é esta a mensagem que eu gostaria de passar às pessoas, principalmente às mulheres. Nós não pretendemos ser iguais aos homens, queremos a igualdade de direitos e o respeito que é o princípio de tudo.

Com o sertanejo, o funk e o pop se destacando nas paradas de sucesso, você acredita que o samba ainda tem o seu lugar?
De vez em quando, dizem que o samba vai acabar, conforme diz a canção Eu canto samba, do Paulinho da Viola. Mas ele sempre encontra a tal fênix, uma forma de se reinventar e ressurgir. É um dos nossos símbolos mais legítimos, conhecido e admirado no mundo todo. Felizmente, temos essas novas gerações que têm abraçado a causa com muito amor. Elas vão continuar levando em frente a nossa bandeira. Um dos meus principais sucessos, Não deixe o samba morrer, já falava a respeito dessa "passagem de bastão" e sempre haverá um sambista mais novo para pegar.

Serviço
Alcione com o show Eu Sou a Marrom
Quando: Sexta-feira (13) e sábado (14), às 21h
Onde: Manhattan Café Theatro (Rua Francisco da Cunha, 881, Boa Viagem)
Quanto: R$ 220
Informações e reservas: 3325-3372 (www.manhattancafetheatro.com.br)
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