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Álbum de Tim Bernardes harmoniza emoção e sonoridade

Vocalista e guitarrista da banda O Terno traz turnê solo ao Teatro de Santa Isabel na quarta-feira

Publicado em: 09/04/2018 10:24

Tim revela nova face ao reunir canções íntimas em primeiro álbum solo. Foto: Felipe Giubilei/Divulgação
Reconhecido pelas roupas alegres e cabelo bagunçado, o vocalista e guitarrista da banda O Terno, Tim Bernardes, surpreendeu ao lançar disco solo com atmosfera mais densa e letras introspectivas. O artista se apresenta na quarta-feira (11) em Recife, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio), às 20h. Os ingressos custam R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada ou meia social, levando um quilo de alimento) e estão à venda na bilheteria do teatro e através do site Sympla.

Recomeçar é composto pelas letras mais íntimas que Tim escreveu em paralelo às produções de rock da banda que forma com Guilherme d’Almeida e Biel Basile desde 2012. O Terno tem três discos e um EP lançados, todos com composições do cantor. “Se percebia que a melodia era mais calma e a letra não fazia tanto o estilo d’O Terno, guardava para outro momento. Até que percebi, quando foram se acumulando, que as canções tinham uma unidade de clima, e me senti confiante para mostrar ao público”, lembra.

Cordas e piano protagonizam a sonoridade do disco, que não é marcado por fortes percussões, mas se enriquece com a adição da orquestra de clarinetes, trombones, saxofones e outros metais, acentuada nas músicas As histórias do cinema, e Era o fim. Carregado de melancolia, Recomeçar não é triste, mas intensamente real. “Minha vontade era de fazer um disco bonito. Percebo que ele não se resume à tristeza porque possui um arco narrativo; começa denso, mas vai ganhando aquele respiro de se sentir pronto para a próxima”, explica Tim, que também assina a produção do álbum.

Nos shows da turnê solo, o formato escolhido é ainda mais intimista que o próprio disco. Sozinho no palco, Tim Bernardes reveza-se entre guitarra e piano de cauda. “O foco é que as canções apareçam cruas, revelando a essência das suas solidões, assim a letra cresce, até chega de forma diferente para quem escuta (em comparação às versões de estúdio que estão no CD)”.

Além das 13 faixas do disco, fazem parte do repertório algumas canções d’O Terno, como Volta e Melhor do que parece, e versões de outras composições, “vai situando com o que estou escutando no momento”, diz, ao citar Belchior como uma das possibilidades.

INTIMIDADE

A proximidade com o público, característica própria de Tim e d’O Terno, continua presente no novo formato. Entre uma música e outra, o cantor revela que conversa com a plateia e faz algumas piadas, apesar do clima mais introspectivo do setlist. Estreito aos fãs desde o início da carreira, com a banda, o compositor gosta de ouvir a resposta do seu público e entender quem são e o que sentem com o seu trabalho, seja através das mídias sociais ou indo até a lojinha depois dos shows.
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