Música
'Com sofrência ou não, o que importa é cantar o amor', diz Fábio Jr. Confira a entrevista
Cantor divide palco com Paulo Ricardo no Recife
Por: Emannuel Bento
Publicado em: 17/03/2018 14:49 | Atualizado em: 17/03/2018 14:53
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Galãs da década de 1980, Fábio Jr. e Paulo Ricardo dividem palco na festa Keep walking, realizada amanhã no Cabanga Iate Clube, a partir das 21h. Os cantores vão comandar uma noite nostálgica e recheada de canções que, além de clássicos da música nacional, se tornaram trilhas-sonoras das vidas dos admiradores presentes no público. Os preços dos ingressos variam entre R$ 50 e R$ 5 mil, com vendas disponíveis no local do show, nas lojas Chilli Beans, Ticket Folia, Bilheteria Digital, Recife Ingressos e Ingresso Prime.
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Em turnê pelas capitais do país para comemorar seus 40 anos de carreira, Fábio Jr. revela estar ansioso para sentir de perto o carinho dos pernambucanos. "Não vejo outra maneira de retribuir fazendo o melhor que eu puder no palco para vocês", diz o músico de 64 anos. Ele montou o repertório da apresentação de acordo com uma enquete feita em suas redes sociais: "Queríamos saber o que as pessoas gostariam de ouvir no show. Foi surpreendente. Apareceram umas músicas que eu nem lembrava mais (risos). Acredito que o resultado ficou como o público pediu”, adianta o paulista, que possui quase 30 discos lançados. Entre os sucessos incluídos no repertório estão Só você, Enrosca, Alma gêmea e Caça e caçador.
Já Paulo Ricardo, um dos símbolos do rock oitentista, trará à cidade o show On the rock. Acompanhado do tecladista Rubem Kaveira, o cantor de 55 anos irá interpretar grandes sucessos do grupo RPM, a exemplo de Olhar 43 e Revoluções por minuto, além de clássicos de bandas internacionais como Beatles, Rolling Stones, Oasis, U2 e muito mais. "Recife é o epicentro do Nordeste. É sempre bom voltar e rever fãs super calorosos", diz o carioca. Ele antecipa que gravará um DVD no dia 1º de maio, no Rio de Janeiro.
Serviço
Fábio Jr. e Paulo Ricardo
Quando: neste sábado (17), às 21h
Onde: Cabanga Iate Clube Ingressos: R$ 50 (arena), R$ 100 (lounge), R$ 900 (mesa red - 4 ingressos + whisky red label), R$ 1300 (mesa black - 4 ingressos whisky black label) e R$ 5000 (suíte - 10 ingressos whisky blue label)
Informações: 99649-5252
Entrevista - Fábio Jr. // cantor
Você escolheu o repertório do show através de uma enquete na internet. Se relaciona bem com as redes?
Confesso que não sou um “viciado” em redes sociais, tenho uma equipe que cuida para mim. Às vezes apareço para dar um “alô” para a moçada. Costumo ler o que falam de mim. Hoje em dia a internet é muito importante para a divulgação. A informação chega muito rápida, temos que estar acompanhando tudo.
Você teve uma forte relação com a teledramaturgia durante a carreira. Pensa em voltar a atuar?
Eu penso. Sinto falta de atuar. Acabei deixando um pouco de lado por conta das agendas.
Sente falta de suas músicas tocando nas telenovelas?
Graças a Deus eu tive algumas músicas que marcaram minha carreira em trilha de novelas. É bom ter música na trilha, mas muitas vezes tem músicas que estão lá mas não tem tanto destaque. O importante é você acreditar na sua música e trabalhar para que aconteça em trilha ou não.
Muitos artistas que apostam em músicas românticas afirmam que decepções amorosas inspiram novos trabalhos. Concorda?
Concordo e não (risos). As decepções inspiram sim, mas as alegrias amorosas também. Vemos músicas com histórias felizes falando de amor.
Atualmente, a "música romântica" que temos em alta é o sertanejo “sofrência”. O que acha do estilo?
Música romântica é música romântica. Com sofrência ou não, o que importa é cantar o amor. Todos gostam de ouvir o amor.
Planeja mais algum projeto para este ano?
Sim, neste ano virão novidades... No final de abril irei para a Europa fazer uma turnê. Faz alguns anos que não vou para lá fazer show. Passarei por Zurique (Suíça), Paris (França), Bruxelas (Bélgica) e Lisboa (Portugal). Aguardem que em 2018 vem coisa nova aí!
ENTREVISTA // Paulo Ricardo, cantor
Consegue enxergar qual é o seu público hoje? São fãs que te acompanham desde o RPM?
Já é possível identificar uma nova geração de fãs, filhos que curtem os anos 1980. O meu público é bem eclético, da galera roqueira aos mais românticos. Os programas de TV da Rede Globo como o Superstar e BBB ajudaram também a formação de um novo público.
Concorda que existe uma geração que conhece você pela abertura do Big Brother Brasil?
Claro, concordo. O BBB está na 18ª edição, com uma audiência incrível. Me orgulho de fazer parte do programa. Recentemente, a Rede Globo também me solicitou para gravar Blaze of glory do Bon Jovi para a Clara, personagem da novela O outro lado do paraíso. Fiquei super feliz, afinal é a música de um ícone do rock and roll mundial.
Você lançou um álbum em 2016. De lá para cá, sente que colheu algum fruto do trabalho?
Sim. Após o Novo álbum, cujo a canção SEXY tocou em todo o Brasil, lancei o single Anjo em serpente em 2017, que se encontra nas plataformas digitais. Em 2018, no dia 4 abril, lançarei uma releitura de O tempo não para, uma homenagem ao meu grande amigo Cazuza.
Em Novo single, uma das músicas do Novo álbum, você critica a nova forma de consumir música. Por quê?
Novo single não é uma crítica, é uma ironia. No fundo, ainda nos relacionamos com a música da mesma forma, com emoção, diversão, envolvimento. O que mudou foi a tecnologia, não precisamos mais ir até uma loja comprar um pedaço de plástico, tudo hoje está no smartphone, na palma da mão. Acredito que a música seja muito mais uma reflexão em relação ao consumismo em geral.
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