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Morre o violinista de jazz Didier Lockwood

Didier era considerado o violinista de jazz mais importante dos últimos tempos

Por: AFP

Publicado em: 19/02/2018 13:18

Lockwood, que era casado com a soprano francesa Patricia Petibon, havia participado de um show na noite de sábado. Foto: Joel Saget/AFP

O célebre violinista francês de jazz Didier Lockwood morreu de ataque cardíaco neste domingo (18), em Paris, aos 62 anos, anunciou seu agente. "Sua esposa, suas três filhas, sua família, seu agente, seus colaboradores e sua companhia fonográfica anunciam com pesar a morte brutal de Didier Lockwood", indicou o comunicado publicado por seu agente. 

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Lockwood, que era casado com a soprano francesa Patricia Petibon, havia participado de um show na noite de sábado (no Bal Blomet, uma sala de jazz parisiense). O violinista foi um grande representante do jazz francês no exterior, com uma carreira em que deu cerca de 4.500 concertos e gravou mais de 35 álbuns. Nascido em Calais, no norte da França, em 11 de fevereiro de 1956 em uma família franco-escocesa, este filho de um professor de música começou a aprender violino aos sete anos, e se interessou muito cedo pelo improviso, graças ao seu irmão mais velho, Francis. 

Aos 17 anos, Lockwood estreou no Magma, que então era o principal grupo de rock progressivo na França. Em seguida, ocupou a cena musical através de vários encontros e projetos em diversos estilos: jazz fusion elétrico, jazz acústico, gipsy jazz e música clássica. 

Criou duas óperas durante sua carreira, dois concertos para violino e orquestra, um concerto para piano e orquestra, poemas líricos e muitas outras obras sinfônicas, sem esquecer de músicas para filmes. Lockwood também era muito engajado na educação musical. Autor de um método de aprendizado do violino para o jazz, criou em 2001 o Centro de Músicas Didier Lockwood, uma escola na qual se ensina o improviso, em Dammarie-les-Lys, perto de Paris. 

Em 2006, entregou ao governo francês um informe sobre o ensino de música no país, no qual demonstrava preocupação com uma infância "formatada" pela tecnologia moderna e defendia um aprendizado da música, mediante uma maior oralidade e menos solfejo. 

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