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Série Manhunt: Unabomber, da Netflix, narra história real de terrorista norte-americano

Theodore Kaczynsk foi responsável por deixar três mortos e 23 feridos após enviar pacotes explosivos pelo correio

Publicado em: 04/01/2018 20:21

As quase duas décadas de investigação são contadas pelo ponto de vista do agente do FBI Jim Fitzgerald. Foto: Discovery/Divulgação

Poucos temas são tão recorrentes entre séries de TV dos últimos 20 anos quanto caçadas a criminosos. Há muitas produções semelhantes entre si e uma expressiva escassez de novas abordagens. Isso contribuiu para gerar certo desinteresse em torno de uma das últimas estreias de 2017 da Netflix, Manhunt: Unabomber. Havia, ainda, um agravante: o seriado é da Discovery, especialista em programas documentais e pouco experiente em ficções.

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A série de oito capítulos criada por Andrew Sodrowski, no entanto, é uma grata surpresa. Narra a história verdadeira do terrorista norte-americano Theodore Kaczynski (o Unambomber do título, interpretado com maestria por Paul Bettany, de Vingadores), responsável por deixar três mortos e 23 feridos após enviar pacotes explosivos pelo correio, entre 1978 e 1995. Com inteligência acima da média e doutorado em matemática, Kaczynski atacou pesquisadores, professores e executivos. Os alvos eram escolhidos de acordo com uma complexa ideologia desenvolvida pelo sujeito.

Com muitos saltos temporais, as quase duas décadas de investigação são contadas pelo ponto de vista do agente do FBI Jim Fitzgerald (Sam Worthington, de Avatar), um ex-policial de rua com ar de gênio incompreendido. Obsessivo pela caçada, Fitz sacrifica a própria família e passa a viver em função do caso. Além das dificuldades naturais ao caso, tornam-se entraves a burocracia dos órgãos de investigação e a ação predatória da imprensa. Spoilers à parte, o drama de Fitzgerald serve de plataforma para narrar o surgimento de um novo método de ação policial, a linguística forense.  Há boas chances de a série ganhar novas temporadas em formato de antologia.

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