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Após cancelar a Queermuseu, Santander será obrigado a realizar exposições sobre diversidade

Ministério Público entendeu que as obras expostas não faziam apologia à pedofilia ou à zoofilia, tampouco ofendiam símbolos religiosos

Publicado em: 11/01/2018 21:15

 Queermuseu foi realizada com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet. Foto: Queermuseu/Divulgação

Após cancelar a mostra Queermuseu - Cartografias da diferença na arte brasileira no início do segundo semestre de 2017, o Santander Cultural deverá realizar duas exposição abordando a temática da diversidade. A exposição, que esteve em cartaz na sede da instituição em Porto Alegre (RS) foi cancelada após ser acusada de fazer apologia à pedofilia e à zoofilia. 

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A determinação é fruto de um acordo assinado pelo presidente da entidade, Marcos Madureira, e o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS). O órgão compreende que as obras expostas não faziam apologia a crime, tampouco ofendiam símbolos religiosos. 

A decisão também considera que a Queermuseu foi realizada com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, concessão aprovada pelo Ministério da Cultura. O Santander Cultural, portanto, terá até 18 meses para realizar os dois eventos. Cada um deve durar, pelo menos, oito semanas. Os temas também foram determinados pelo acordo e as mostras abordarão temáticas como gênero, orientação sexual e empoderamento feminino. 

Caso o acordo não seja cumprido, o Santander Cultural pagará multa de R$ 800 mil. Inaugurada no dia 14 de agosto em Porto Alegre, no Santander Cultural, a exposição Queermuseu virou alvo de críticas por parte de grupos conservadores, que acusaram a instituição de promover valores como a ''imoralidade'',  a''blasfêmea'', a ''pedofilia'' e ''zoofilia'', de acordo com o Movimento Brasil Livre (MBL) e grupos religiosos. 

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