Internet YouTube elimina mais de 150 mil vídeos de crianças por comentários pedófilos Ação surge em resposta ao boicote de de anunciantes na plataforma

Por: AFP - Agence France-Presse

Publicado em: 01/12/2017 14:20 Atualizado em:

YouTube apagou contas de usuários e bloqueou comentários em vídeos para coibir pedofilia. Foto: Wikimedia Commons
YouTube apagou contas de usuários e bloqueou comentários em vídeos para coibir pedofilia. Foto: Wikimedia Commons

A plataforma de streaming YouTube eliminou mais de 150 mil vídeos infantis acompanhados por comentários em tom inapropriado, em alguns casos com teor pedófilo, disse nesta quinta-feira (30) a empresa, que tenta tranquilizar os anunciantes. Tudo começou com um artigo publicado na sexta-feira passada (24) no jornal britânico The times, que afirmava que os anúncios das grandes marcas (Adidas, Amazon e Mars e, particular) apareciam no YouTube junto com vídeos de crianças e adolescentes, na maioria das vezes publicados inocentemente mas que provocaram comentários pedófilos por parte dos usuários.

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Segundo outros veículos, vários anunciantes decidiram deixar de anunciar no YouTube por este motivo. A empresa de informática americana HP confirmou que "pediu imediatamente à Google que suspenda qualquer publicidade no YouTube". Consultado, o YouTube disse que "eliminou várias centenas de contas e mais de 150 mil vídeos" que tinham problemas. A plataforma, propriedade da Google, cuja publicidade digital representa o forte das receitas, também proibiu a publicidade em "mais de 2 milhões de vídeos e 50 mil canais que se identificavam como conteúdo familiar, mas não eram". A empresa bloqueou ainda os "comentários em 625 mil vídeos". 

"Temos políticas claras contra os vídeos e os comentários no YouTube que sexualizam ou exploram as crianças e as aplicamos de maneira drástica cada vez que somos alertados sobre esse conteúdo", disse um porta-voz do YouTube. A empresa garante ter "reforçado recentemente (seu) enfoque sobre os vídeos e os comentários relacionados com crianças que, embora não fossem ilegais, continuam sendo preocupantes". 

Diante da pergunta de se a plataforma sofre com o boicote de alguns anunciantes, o porta-voz respondeu que "nenhuma publicidade deveria ser difundida sobre este conteúdo". "Estamos trabalhando para remediar esta situação o quanto antes", acrescentou. Essa é a segunda vez este ano que o YouTube enfrenta este tipo de polêmica. Um artigo publicado no começo do ano no Times afirmava que os anúncios apareciam perto de conteúdos antissemita, incitando o ódio ou fazendo apologia do terrorismo. A Google se comprometeu a garantir que as publicidades de seus anunciantes não ficassem perto de conteúdos polêmicos.

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