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Cinema Os Últimos Jedi se mostra um dos mais maduros e bem-realizados filmes de Star Wars Diretor e roteirista do filme, Rian Johnson é também responsável pela próxima trilogia da saga

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 15/12/2017 12:20 Atualizado em: 15/12/2017 17:36

 (Rey (Daisy Ridley) é a poderosa aprendiz, enquanto Luke Skywalker (Mark Hamill) se mostra um mestre reticente. Foto: Lucasfilm/Divulgação )


Mesmo um filme medíocre de Star wars é capaz de provocar comoção em sua audiência já nos primeiros segundos de projeção, com o emblemático letreiro trazendo a sinopse do filme e a conhecida trilha sonora. O novo capítulo da franquia, Os últimos jedi, em cartaz nos cinemas, certamente se beneficia disso e ganha o público logo de início reprisando a introdução que povoa o imaginário pop desde 1977. Mas o começo é o único aspecto realmente formulaico do oitavo título da saga, que consegue empolgar e emocionar fãs por mérito próprio e significativas mudanças para a série.

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Ao mesmo tempo que consegue ser totalmente coerente com o universo estabelecido ao longo de décadas, Star wars: Os últimos jedi traz um importante e necessário afastamento de alguns pilares já bem estabelecidos. O embate entre Rebelião e Império ainda segue como fio condutor, mas a dualidade é menos óbvia. Há espaço para nuances entre luz e sombra e espaço para questionamentos sobre as decisões dos representantes de ambos os lados da Força. E boas reviravoltas.

Com o Império esfacelado e seus ideais renascidos com a Primeira Ordem, temos novamente os Rebeldes buscando livrar a galáxia da opressão e tirania. O movimento, liderado pela general Leia Organa (Carrie Fisher), encontra-se com o poderio enfraquecido e combalida também pela ausência de Luke Skywalker (Mark Hamill), símbolo vivo da Resistência. Enquanto os dois lados se enfrentam, a rebelde Rey (Daisy Ridley) vai em busca do lendário jedi, com missão dupla: trazer Skywalker para a linha de frente da batalha e aprender sobre a Força.

Diretor e roteirista, Rian Johnson (Looper) fez um dos filmes mais memoráveis da franquia até agora. Visualmente rico e com um elenco afiadíssimo, a produção mescla, equilibradamente, ação, humor, aventura e toda miríade alegórica de Star wars. Denso quando necessário, Os últimos jedi explora bem o aspecto filosófico da Força, não raro tratado como um mero superpoder. É um simbolismo tocante, quase religioso, que tem a sala de cinema como templo de devoção e catarse.

Enquanto O despertar da Força (2015), de J. J. Abrams, foi um retorno competente mas extremamente calcado na zona de segurança, Os últimos jedi foi uma incursão mais corajosa e ambiciosa, sinalizando um interessante futuro para a série. O resultado é promissor, principalmente considerando que Rian Johnson será o responsável pela próxima trilogia da franquia, que segundo a promessa do cineasta, não terá relação com a família Skywalker.

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